Alargamento é a via para o sintético no Campo da Fraga

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A ambição da Direcção do Santo Estêvão de contar com um relvado sintético no Campo da Fraga já em 2022 começará a ganhar forma com as obras de ampliação do terreno de jogo. Os 75 mil euros que o clube receberá ao abrigo do Regulamento Municipal de Atribuição de Apoios às Associações Desportivas de Guimarães permitirão começar, em breve, as obras de ampliação do campo. Só depois de estar concluída esta etapa é que a Direcção liderada por Francisco Mendes irá avançar com a candidatura para receber um subsídio para a construção do sintético.

Reactivado no Verão do ano passado, o Grupo Desportivo Santo Estêvão ganhou uma nova dinâmica com o trabalho desenvolvido pela actual Direcção. As primeiras obras, que obrigaram a um investimento avultado, tiveram como objectivo principal recuperar os balneários, a sede e o campo. Uma etapa que está em vias de ficar concluída, pelo que os dirigentes do Santo Estêvão estão agora empenhados em entrar numa fase decisiva, que possa ser concluída com a construção do sintético. “Quando nos propusemos recuperar o clube, percebemos que era preciso transformar as nossas instalações. Tivemos uma verba para isso, mas agora vamos começar uma obra mais significativa. O alargamento do campo é primordial para as nossas ambições, porque só assim teremos uma estrutura preparada para a colocação do sintético. Será uma obra que vai encher de orgulho os sócios do clube e que apenas é possível com a ajuda da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal”, resumiu o vice-presidente do clube, João Mendes, em declarações ao DESPORTIVO de Guimarães. Responsável pelo pelouro das obras, o irmão do presidente do Santo Estêvão quer igualmente “ficar com a sensação de que tudo fizemos para que a remodelação do nosso campo seja um motivo de orgulho”.

Com 75 mil euros à disposição e “muita ambição”, a Direcção do Santo Estêvão está a fazer “todos os esforços” para conseguir avançar com as obras necessárias nesta fase. O campo vai crescer cinco metros em largura, o que implica demolições. Ao mesmo tempo, está projectado um muro de suporte de 80 metros junto à baliza que fica próxima ao rio Ave. “Só se fazem as obras que possamos pagar. Nós temos muitas ideias, mas não podemos ser aventureiros. Acreditamos que podemos fazer tudo, mas temos sempre de dar um passo de cada vez”, afirma.

A construção do sintético “não é uma obsessão”, garantiu João Mendes ao nosso jornal. Ainda assim, trata-se de uma obra considerada “fundamental” para o clube “em termos desportivos”. “Queremos ser um clube competitivo, mas com condições para os seus atletas. O que nos está mais ou menos prometido é que a obra do sintético pode ser feita no próximo ano. Mas, não podemos atirar já os foguetes, porque não sabemos o que vamos colher. Muito depende do que estamos a fazer agora”.

Ainda à espera de orçamentos para a obra de alargamento do Campo da Fraga, a Direcção do Santo Estêvão já tem um plano para o regresso aos treinos e jogos da equipa comandada por Bruno Macedo. Se os campeonatos forem retomados e as obras estiveram a decorrer, a equipa sénior vai mudar-se para as renovadas instalações do vizinho Grupo Desportivo Souto/Gondomar. “Temos um acordo com os nossos vizinhos, isso ajudará a que possamos avançar com a obra logo que possível. Queremos estar em nossa casa, por isso se calhar até era melhor que não houvesse mais jogos. É triste o campeonato estar parado por este problema, gostaria de ver a equipa a competir, mas andamos num pára e arranca. Para nós, olhando ao que temos de fazer, era melhor não haver jogos porque assim ficávamos com mais tempo para realizar a obra”, finaliza o dirigente.


Marcações: Associação de Futebol de Braga, GD Santo Estêvão

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