José Faria: "É perceptível uma grande ansiedade, mas também muita vontade nos jogadores do Ponte"
O Ponte terá um calendário preenchido até ao final do ano, depois de ter realizado apenas uma partida até agora. De que forma preparou as próximas semanas, atendendo às contingências conhecidas?: "A planificação foi totalmente reformulada. A parte física tem aqui um peso muito grande. Temos de ter cuidado com os jogadores porque estivemos parados uma semana e meia e agora nesta retoma devemos ter cuidado para evitar problemas físicos. Andamos de pré-época em pré-época, mas estas paragens causam problemas no grupo e temo-nos deparado com lesões no grupo de trabalho que se devem a estas paragens porque nem sempre conseguimos adaptar o volume de trabalho para todos. Relativamente ao volume de jogos que se avizinham, estão praticamente preparados, é só introduzir o conteúdo aos jogadores. Esperamos ir a competição, porque não existe motivação para andar a treinar sem poder jogar. Vamos atacar os jogos com o claro intuito de os vencer".
Nota uma grande vontade dos jogadores, ou algum receio?: "É perceptível uma grande ansiedade, mas também muita vontade. Fazer um jogo-treino de vez em quando, não é a mesma coisa que treinar para competir ao domingo. Na nossa realidade, a competição é o culminar de todo o trabalho, quer para jogadores, como para os treinadores. A ansiedade é comum a todos os escalões que vivem estas limitações".
Sentiu alguma necessidade de realizar um trabalho mais intenso do ponto de vista psicológico?: "A nível mental, procuramos tirar-lhes a pressão de terem tantos treinos sem competição. Desde Setembro que andamos a introduzir conteúdos, por isso precisamos de adaptar os treinos com partes mais lúdicas. Notamos os jogadores desgastados, que depois ainda têm de levar com a equipa técnica em cima a corrigir os erros. Por isso, sentimos essa necessidade de adaptar os trabalhos".
De alguma forma, as suas ambições ficam condicionadas pelo facto de já ver adversários com nove pontos?: "Nós consideramos que estamos em primeiro, porque temos um jogo e uma vitória, estamos a par do Joane, que tem três jogos e três vitórias. Sabemos que em qualquer situação de anulação dos campeonatos o que funciona são os rácios e o nosso rácio é igual ao do primeiro classificado. Acredito que esta situação não interfere com os jogadores".
Marcações: Associação de Futebol de Braga, CD Ponte, José Faria