João Henriques: "Jogo importante com Tondela porque tem o factor decisivo da classificação para a Taça da Liga"
O desejo do regresso às vitórias em Tondela?: "É um jogo importante para nós porque tem o factor decisivo da classificação para entrar na Taça da Liga. O jogo que fizemos anteriormente para o campeonato não nos correu bem, isso mesmo foi transportado um pouco para a eliminatória da Taça. A equipa conseguiu não sofrer golos, mas não conseguiu marcar. O foco principal é conquistar os três pontos por duas razões: primeiro, porque queremos marcar golos e depois porque a classificação pode dar-nos acesso à Taça da Liga. Além disso, queremos voltar às vitorias no campeonato e deixar o último resultado para trás. Depois de um resultado menos conseguido, o Vitória deve responder imediatamente com uma vitória".
Nesta fase, é importante juntar uma boa exibição a um bom resultado para dar estabilidade?: "Sim, naturalmente. Na paragem fizemos um jogo de preparação em que defrontamos uma equipa da II Liga, em que tivemos bons indicadores. A equipa não tinha a pressão dos pontos e exibiu-se num nível muito superior do que em Arouca. Isso é o processo normal do crescimento da equipa. Queremos rapidamente estabilizar para podermos ser uma equipa consistente em todos os jogos. Mas, acima de tudo temos de olhar para o resultado, porque é isso que nos vai dar estabilidade. As equipas crescem com a almofada dos pontos".
O que espera do jogo com o Tondela?: "Na época anterior o Tondela tinha mais dificuldades em conseguir pontos em casa, mas esta época inverteu essa tendência. Venceu os últimos jogos em casa para o campeonato e está numa posição estável na tabela. É uma equipa mais consistente em casa, é uma equipa difícil, que vai lutar pelos três pontos. Vamos ter em mente o ser imperativo ganhar para estarmos na Taça da Liga. Ganhar dá-nos os três pontos para solidificarmos a nossa posição na Taça da Liga".
Em que aspectos a equipa tem de crescer mais?: "Trabalhar durante a fase competitiva, sem ter uma fase preparatória, é sempre mais complicado. Temos de preparar uma equipa para ser consistente e ao mesmo tempo somar pontos, isso exige mais dos jogadores porque têm o stress competitivo. Temos tempo mais do que suficiente para começar a apresentar uma qualidade de jogo mais consistente, criar mais oportunidades de golo. A ligação entre os sectores não tem sempre a ver onde está a bola, mas com a tomada de decisão de quem tem a bola e de quem está nas linhas mais à frente, que tem de criar as linhas para que entrem os passes. Os automatismos são criados com treinos e os testes acontecem nos jogos, em que os adversários nos criam dificuldades diferentes. Se olharmos para os jogos que estão para trás vemos que tivemos problemas diferentes, primeiro os casos de Covid-19, depois a saída dos jogadores para as seleções. Ainda não conseguimos manter uma equipa em todos os jogos, o que condiciona a evolução da equipa. Nós olhamos para trás e vemos o que vem do ano passado para este ano em número de jogadores, o número de jogadores jovens, a integração de jovens das mais diversas áreas geográficas, sem conhecerem o que é o nosso campeonato e a realidade do clube. Tudo isso tem prejudicado a interação que queremos. Os avanços e retrocessos vão continuar a acontecer, queremos é que diminuam. Não estamos satisfeitos, sou um eterno insatisfeito, quero sempre mais e melhor da exibição da equipa. Temos de querer muito mais de cada vez que jogamos e treinamos. Temos jogadores com alguma imaturidade, outros mais experimentados. A maioria são jogadores jovens, das mais diversas zonas do planeta, com três ou quatro idiomas diferentes, no treino temos que tentar chegar a cada um deles. Tudo isto leva muito mais tempo do que uma situação normal de uma equipa estável, com poucas mudanças de uma época para a outra. Há trabalhos que se forem consistentes se todos acreditarmos, mais tarde teremos frutos. Não podemos é dizer que quando as coisas correm menos bem está tudo mal".
O Presidente referiu, ontem, a questão da ausência do público. A presença do público iria ajudar a equipa?: "Sem dúvida alguma. Os adeptos do Vitória são únicos, o clube é único, não se pode comparar mais nada. Isso seria uma mais valia para os jogadores que chegam para tomar conhecimento do que é o Vitória. Seria uma mais valia para a integração de qualquer jogador, porque iriam sentir a exigência e o apoio por parte dos adeptos o Vitória é dos cubes que mais perdem, se não mesmo aquele em que os adeptos têm mais influência. Os jogadores têm de perceber que ter um espírito de conquista é fundamental para jogar no Vitória".
A morte de Maradona: "Era um jogador único. Foi um enorme jogador, que influenciou toda uma geração, que vai ficar para sempre na história do futebol mundial. Era um jogador que levava uma coisa que eu peço muito aos jogadores, que se divirtam a jogar. Ele passava essa mensagem para fora. O seu talento era inigualável. É uma perda prematura para o mundo do futebol. Fica na memória tudo o que ele fez como jogador. Numa altura em que não havia redes sociais foi unânime como um dos melhores de sempre, se não o melhor".
Marcações: Vitória Sport Clube, João Henriques