Passivo do Vitória desceu para os 6,67 milhões de euros

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O passivo do Vitória desceu 11% no último exercício, que será discutido e votado na Assembleia Geral do próximo sábado, situando-se agora em aproximadamente 6,67 milhões de euros. Esta é uma das principais conclusões do Relatório e Contas que será apresentado pela Direcção de Miguel Pinto Lisboa e do qual resulta também a leitura de que o exercício ficou “negativamente marcado pela situação da pandemia de Covid-19”, uma vez que desde meados de Março “praticamente todas as actividades do clube (modalidades, futebol formação e piscinas) foram encerradas, perdendo-se assim uma fonte de rendimentos significativa (em publicidade e patrocínios, donativos …), mas tendo-se de manter a sua estrutura de custos, o que teve consequências negativas em termos de resultados”.

Acrescenta o relatório que este cenário da pandemia “veio contrariar uma tendência clara de crescimento dos proveitos, verificada nos anos anteriores”. Ainda assim, a dívida total do clube baixou para um valor inferior a 6,7 milhões, depois de terem sido reduzidos mais cerca de 771 mil euros no último ano. Isto apesar das receitas terem baixado 24,76%. Já os gastos desceram 5% nos fornecimentos e serviços externos e os custos com pessoal tiveram um crescimento de 19%. O total dos gastos operacionais foi de menos 7% em relação ao exercício anterior.
Em conclusão, regista-se um resultado líquido negativo de 379.748,35 euros.
O Conselho Fiscal, no seu parecer, propõe por unanimidade a aprovação do Relatório e Contas.

ORÇAMENTO APONTA PARA PREJUÍZO DE 62 MIL EUROS
No próximo sábado, o Vitória vai apresentar aos seus associados o orçamento do clube para a temporada 2020/2021. É um exercício de proposta que aponta para um resultado líquido negativo de aproximadamente 62 mil euros, ou seja, significativamente inferior ao anterior.
No orçamento não é apresentada verba para lugares anuais, o que representa uma drástica queda de 424 mil euros facturados na época passada. A nível de quotização, a Direcção conta “com a lealdade dos sócios” para manter uma receita global de 1,6 milhões de euros, em queda ligeira de 5%. O orçamento prevê ainda a revisão em alta da renda da Vitória SAD relativa à utilização das instalações do Vitória, nomeadamente o Estádio e a Academia. Esta revisão, efectuada mediante actualização do protocolo, segundo a Direcção “é importante para assegurar as metas orçamentais previstas a curto e a médio prazo”.

No que toca às modalidades, prevê-se um défice de 202 mil euros. A Escola “Os Afonsinhos” prevê um resultado positivo de 42 mil euros, em linha com o verificado na época anterior, e para as Piscinas é avançada a previsão de um défice de 135 mil euros.
Relativamente ao passivo, as moratórias bancárias aprovadas pelo Governo no contexto da pandemia traduzem-se num alívio nas obrigações financeiras do Vitória, pelo que o não reembolso do capital permite aliviar em cerca de 50% a pressão sobre a tesouraria.

O Conselho Fiscal entende que este é “um orçamento estratégico, que levará o Vitória para uma nova fase na sua vida” e lembra que a partir de 30 de Novembro o clube vai adquirir a posição maioritária no capital da SAD, prevendo este orçamento “as medidas necessárias para concretizar a aquisição, sendo por isso um instrumento basilar para o processo”. Nesse sentido, propõe por unanimidade a aprovação do documento pelos associados.


Marcações: Vitória Sport Clube, Assembleia Geral

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