Miguel Pinto Lisboa: "Posicionamento da SAD no mercado em que compete exige uma gestão diferente e um apurado critério de seleção de ativos"
“Mesmo considerando que muitas das opções estratégicas para a temporada já haviam sido tomadas, esta Administração procurou criar condições para uma nova política desportiva, sendo a nomeação de Carlos Freitas para o cargo de Diretor Geral uma importante extensão do paradigma que defendemos para o Vitória SC do presente e do futuro”, pode ler-se no documento.
No texto, Miguel Pinto Lisboa defende que “é fundamental a compreensão de que o posicionamento desta SAD no mercado em que compete exige uma gestão diferente e um apurado critério de seleção de ativos, tendo como premissa que esbater o défice crónico entre receitas e custos operacionais deve ser um objetivo desta Administração, só concretizável com um rigoroso controlo de gastos e com uma política de potenciação de receitas”. Nesse sentido “é para esta Administração evidente que o sucesso do Vitória SC passa por uma mais rápida e efetiva deteção de talentos, o que se consubstancia tanto nas opções para o plantel principal como para as equipas de formação”. Acrescenta Miguel Pinto Lisboa que “nestas últimas, foi notório o esforço de reestruturação de quadros, sobretudo a nível técnico, procurando dotar o projeto de recursos humanos que permitam a potenciação dos ativos, numa aposta que tem sido acompanhada pela recuperação e modernização das infra-estruturas de apoio ao futebol profissional e ao futebol de formação”.
Para além da aposta na continuidade dos principais jogadores da casa, o Vitória alargou a sua rede de olheiros e scouting “procurando antecipar-se na abordagem a jovens talentos que possam crescer e afirmar-se ao serviço da equipa principal”. A Administração da SAD “entende que o sucesso desta política é essencial para o salto competitivo das suas equipas e para a eficiência da gestão, numa estratégia transversal e já verificável em apostas em jogadores como Marcus Edwards, Denis Poha, Easah Suliman ou Elias Abouchabaka, a par de Nicolas Janvier”.
Para Miguel Pinto Lisboa “a simbiose entre o rendimento desportivo e a valorização financeira tem de ser o binómio em que assenta o futuro, aliás já bem patente no exemplo de Edmond Tapsoba”, transferido no mercado de Janeiro para o Bayer Leverkusen, naquela que foi a operação mais avultada da história da SAD.
O dirigente refere ainda que a pandemia da Covid-19 “teve consequências na atividade da SAD, interferindo com receitas de bilhética, sponsorização e direitos televisivos, rubricas importantes na performance do Vitória SC e que é previsível que continuem a conhecer condicionamentos vários nos tempos mais imediatos”. Miguel Pinto Lisboa sublinha que a interdição de público nos estádios é particularmente penalizadora para esta Sociedade, reconhecida que é a devoção dos seus adeptos e a especial relevância que essa mobilização tem na performance desportiva e nos proveitos financeiros”.
“Não obstante a capacidade de adaptação que os novos tempos exigem, esta Administração entende que os pressupostos que advoga e tem aplicado se tornam ainda mais pertinentes no contexto atual e estão na base das decisões já tomadas com vista à época 2020/21. O ambicionado salto desportivo do Vitória SC tem de assentar numa estratégia clara e rigorosa, que garanta ativos de qualidade através de uma lógica de gestão que não capture as receitas que a SAD é capaz de gerar, mas antes permitam a sua otimização”, finaliza Miguel Pinto Lisboa.
Marcações: Vitória Sport Clube, Miguel Pinto Lisboa