José Pimenta será reeleito, esta sexta-feira, mais um ano na presidência do Campelos
O plano do dirigente passava por deixar os Órgãos Sociais neste Verão, mas os efeitos da pandemia levaram-no a aceitar continuar no clube mais uma temporada, como adiantou ao Grupo Santiago no início do mês de Maio. “Esta situação veio complicar a vida de todos os clubes. Estar a abandonar o clube nesta altura não seria benéfico, porque as pessoas não estavam muito bem preparadas para dar continuidade ao trabalho. A Direcção tem pessoas com capacidade, mas não as vi muito motivadas nesta altura. Pediram-me para continuar mais dois anos, mas na sexta-feira vou reiterar que só fico mais um”, reiterou.
O presidente do Campelos mostra-se “convencido” que ao longo do próximo ano serão “criadas as condições” para encontrar um sucessor para a liderança do clube. “Temos gente jovem, mas com muita maturidade”, diz, assegurando que estará “sempre na rectaguarda para ajudar no que for necessário”, porque, argumentando que “há processos para os quais é preciso muita experiência. Mesmo depois de sair quero ajudar nesses aspectos, porque há questões que dão muito trabalho”.
José Pimenta espera “concluir os projectos” de reformulação do Campo José Machado Vaz, concretamente com a construção de um muro de suporte e a remodelação do sistema de iluminação. “Trata-se de um sistema que tem quase 40 anos, que já foi reformulado, mas que está deteriorado. Temos a ambição de instalar LED's, uma solução boa para o clube e para o meio ambiente. Quero deixar mais essa obra feita até ao final do novo mandato, depois do grande passo que demos com o sintético”.
Num cenário de várias incertezas quanto à temporada 2020/2021, sem se saber “muito bem o que vem aí”, José Pimenta espera dificuldades acrescidas para a gestão do Campelos. Desde logo porque as fontes de receita não serão a mesmas com as quebras que se adivinham. “Já estamos a sentir que teremos dificuldades. Empresas que nos costumam ajudar já fecharam, outras estão a passar por problemas e terão certamente problemas em apoiar-nos. Depois, não conseguimos ter outras fontes de receita importantes, como a tômbola que colocamos na Festa do Senhor dos Aflitos, o arraial que promovemos na nossa sede e ainda o sorteio de Natal. No total, só nessas questões, podemos perder cerca de quatro mil euros. É uma verba muito importante para um clube com a dimensão do Campelos”. Por isso, José Pimenta alerta que terá de haver “muito trabalho e ponderação na criação de despesas, porque as receitas serão menores”.
Marcações: Associação de Futebol de Braga, Clube Operário de Campelos