ELEIÇÕES RONFE: António Vaz deseja "manter estabilidade directiva e dar credibilidade"
Numa entrevista publicada na edição desta semana do DESPORTIVO de Guimarães, António Vaz, que lidera a Lista B, explicou os motivos que o levaram a apresentar uma candidatura.
O que o move a apresentar uma candidatura para um novo mandato de dois anos na presidência do Desportivo de Ronfe?: "Antes de mais, para ser coerente porque há dois anos, quando assumi a presidência do clube pela primeira vez, disse que o projecto que tinha estipulado seria para cumprir num prazo de dois a seis anos. Quero aproveitar a equipa que tenho para dar continuidade a um trabalho importante para o clube. É importante ter estabilidade directiva e no fundo dar credibilidade, credibilidade que o clube perdeu a determinada altura. Temos vindo a dar credibilidade ao clube através da sustentabilidade criada".
O trabalho que realizou nos últimos dois anos é o seu manifesto eleitoral?: "Sem dúvida que sim. Desde o início que fomos tentando perceber as dificuldades e o que era prioritário. O clube começou a olhar com algum cuidado para as instalações, para fazer a sua manutenção. O dinheiro é sempre pouco, mas temos vindo a fazê-lo. Mudámos os bancos, reformulámos a lavandaria com a aquisição de máquinas novas, fizemos a desenfestação à rede de água para proteger os nossos atletas. Também nos foi oferecida uma carrinha, que recuperámos, o que implicou também investimento da nossa parte Agora, surgiu a grande obra, a construção dos dois relvados. É um projecto que revela a ambição desta Direcção. Podíamos perfeitamente só colocar um relvado, ainda sobravam uns trocos e fazíamos uma grande equipa para ficarmos bem na fotografia. Mas, seria apenas para a fotografia, porque esse investimento depois passa. Entendemos que a aposta deve ser nas infra-estruturas, para no futuro o clube melhorar o seu patamar competitivo. Estas obras levam o clube a um investimento ambicioso, porque o subsídio da Câmara não chega para os dois relvados. O clube assumiu que garante o que falta e tudo fará para honrar os seus compromissos, como tem sido ponto de honra desta Direcção. Era mais cómodo ir por outro caminho, mas esta é uma grande obra".
Como encara este cenário com duas listas concorrentes, num clube com a dimensão do Desportivo de Ronfe?: "Se por um lado pode, de alguma forma, querer dizer que o clube tem vitalidade, por outro parece-me que não será muito positivo. Somos um clube muito pequeno, tradicionalmente temos dificuldades para criar uma equipa para trabalhar ao longo de dois anos e esta situação de ter duas listas vem criar algumas divisões. No entanto, havendo gente disponível para cuidar do Desportivo de Ronfe tem também de ser visto pelo lado positivo".
Tudo indica que o Desportivo de Ronfe seja convidado para ocupar um lugar no campeonato Pró Nacional da Associação de Futebol de Braga. Se continuar na presidência, qual será a sua decisão?: "Essa possibilidade existe, mas ainda não temos nada em concreto por parte da Associação e enquanto isso não acontecer é apenas uma hipótese. A sermos convidados pela Associação, teremos de reunir e definir o que é melhor para o clube. Se me perguntar a opinião pessoal, digo que nesta altura o Desportivo de Ronfe, face ao investimento que está a ser feito nas infra-estruturas, pode não estar no ponto ideal para ir para o Pró Nacional. No entanto, conhecendo as pessoas que trabalham comigo e conhecendo a ambição do clube, parece-me que o convite será aceite. Se assim for, vamos com muita ambição para dignificar o Desportivo de Ronfe. Acredito que nesse escalão será possível lutar pela manutenção. Estamos a construir um plantel dentro das nossas possibilidades, mas capaz de dar uma boa resposta".
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