Direcção do Gonça aponta dedo à A. F. Braga no adiamento do jogo com o Vieira e apresenta demissão

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A Direcção do Atlético Clube de Gonça acusa a Associação de Futebol de Braga de “destratar e humilhar” o clube na sequência do processo que culminou com o adiamento do jogo com o Vieira, da 3.ª eliminatória da Taça, que estava inicialmente agendado para a tarde de domingo. De resto, o elenco directivo liderado por Hélder Freitas colocou o lugar à disposição depois de não ter conseguido contrariar a decisão final da Associação de Futebol de Braga.

O processo é historiado num comunicado emitido esta segunda-feira. A Direcção do Gonça argumenta que informou os serviços da Associação de Futebol de Braga que não estava disponível para aceitar o pedido do Vieira, que tinha solicitado o adiamento do encontro. Essa comunicação seguiu via e-mail, no dia 17, mas também por SMS, para o presidente da instituição, Manuel Machado. O Gonça defendia a sua posição com o facto de toda a preparação do jogo já estar em curso. Contudo, o jogo acabou por ser adiado no dia 19, com a comunicação a chegar ao Gonça na mesma data.
A Direcção do Atlético Clube de Gonça entende que “não podem, em situação alguma, os interesses particulares de um clube filiado, se sobreporem aos interesses de outro, pois todos temos os mesmos direitos e deveres.” “Não pode, em situação alguma, a A.F.B. tomar partido dos interesses particulares de um clube em detrimento de outro, sem que para isso haja cabimento regulamentar.”

No mesmo comunicado, pode ler-se que “definitivamente, não sabemos o que vai acontecer com esta Direcção, Equipa Técnica e até mesmo jogadores, pois quase todos os lugares foram colocados à “disposição”. Uma grande instituição como A.F.B., tem de se impor não pela força, mas pela forma justa, correta e honesta, sempre na tentativa de chegar a acordos entre as partes. Se isso não for possível, terá sempre e quando dizemos sempre, é mesmo sempre, de cumprir os regulamentos e o bom senso, coisa que definitivamente não aconteceu neste caso.”

Em declarações ao Grupo Santiago, o presidente da Assembleia Geral, Francisco Costa e Silva, reforçou ideia de que o adiamento “causou grandes constrangimentos, porque estava tudo planeado, autocarros alugados, restaurantes reservados, e a planificação da equipa feita. A não realização do jogo causou um grande desconforto à equipa.” Aquele responsável disse ainda que “o Vieira exerceu uma grande pressão sobre a Associação de Futebol de Braga”, vincando a ideia de que “se o pedido fosse feito dentro dos prazos legais, porventura teríamos aceitado o adiamento.” 

Francisco Costa e Silva espera poder “resolver os problemas criados”, com a demissão da Direcção de “Hélder Freitas.” “O Gonça não vai acabar, mas os problemas são vários. Temos sócios que dizem que não foram defendidos os interesses do clube, o que não é verdade, e que vão deixar de pagar as quotas.”


Marcações: Associação de Futebol de Braga, Gonça

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