Adeus 2ª B, Taipas despromovido

Desilusão, frustração, tristeza…são poucos os adjectivos para descrever o estado de espírito dos jogadores, directores e adeptos do Taipas depois de verem consumada a descida à 3º Divisão. Nem a vitória folgada sobre o Vizela permitiu aos taipenses assegurar a permanência. As contas foram injustas. No confronto directo o Taipas ficou a perder com o Vilanovense, que garantiu a manutenção, e com o Bragança, que vai disputar a liguilha.
A expectativa de manter o Taipas na 2ª Divisão era muita, apesar dos seus responsáveis saberem que nem todos os cenários eram agradáveis, o que veio a acontecer. O Taipas colocou-se facilmente a vencer o Vizela, mas depois precisava de saber os resultados finais do Atlético de Valdezez - Vilanovense e do embate entre Fafe e Bragança. As notícias chegavam com frequência à Vila Termal, quer através dos relatos das rádios, quer por informações através e telemóvel. O Vilanovense resolveu o jogo nos Arcos de Valdevez e a última esperança recaía no resultado do Bragança em Fafe. O triunfo ou a derrota dos bragantinos eram os dois resultados que serviam a equipa orientada por Francisco Sousa nesta altura. Com o aproximar do final do encontro e com o empate a zero a subsistir a descrença começava a tomar conta de todos, inclusive dos jogadores que se apercebiam do que estava a acontecer. Até que, em Fafe, o árbitro assinalou penaltie a favor do Bragança. Faltava um minuto para o final do jogo. A esperança renasceu nas Taipas, mas esfumou-se nas mãos de Pimenta. O guarda-redes vimaranense que serve os fafenses defendeu o castigo máximo e trouxe novamente o desalento aos taipenses. Os jogadores que estavam no bando até se colocaram de pé para festejar o golo do Bragança, que levaria a sua equipa à liguilha, mas depois foi o pior.

O árbitro Augusto Costa deu o jogo por concluído poucos minutos depois. Algumas centenas de adeptos ainda aguardaram nas bancadas pela confirmação do resultado final dos outros jogos. No entanto, tiveram de se conformar. Ao mesmo tempo, os jogadores saiam cabisbaixos do relvado. Alguns não esconderam as lágrimas.
Quanto ao jogo em si, não há muito a escrever. O Taipas, necessitado de vencer, mostrou sempre alguma superioridade diante de um Vizela em ritmo de jogo de final de campeonato. O Taipas tentou chegar ao golo cedo, mas foram os forasteiros a criar a primeira grande oportunidade de perigo. O livre de Alcino embateu na trave. Aos 19 minutos, o avançado Armando fez uma excelente abertura para o lado direito onde surgiu Zezinho isolado. O defesa fez um chapéu a Rui Ribeiro e começou a alimentar a esperança dos seus adeptos. O golo de Diogo aos 25 deu mais tranquilidade aos jogadores. Os vizelenses reclamaram fora de jogo, mas a verdade é que os defesas estavam desatentos.
Depois de estar a perder por 2-0, o Vizela levou novamente perigo à baliza de Micael, nomeadamente por intermédio de Arthur. O segundo tempo foi jogado a um ritmo baixíssimo. Armando desperdiçou duas oportunidades de golo. Aos 86’, Silvestre fez o 3-0 depois de bom passe de Berto. O trio de arbitragem teve um bom desempenho.


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