Vitória investiu 9 M€ na compra de jogadores na época passada e encaixou 14.2 M€ em vendas
Na rubrica decomposição de outros rendimentos e ganhos, pode ler-se que a SAD arrecadou 14 milhões e 178 mil euros com “rendimentos relativos a alienação de direitos económicos e desportivos de jogadores, cedência de jogadores e compensação de direitos económicos de jogadores anteriormente alienados”. Trata-se “do valor mais alto de sempre neste tipo de rendimento, possibilitando que o resultado antes de depreciações, gastos de investimento e impostos tenha também atingido o valor mais elevado desde 2013.”
Na análise ao relatório e contas, percebe-se que os gastos operacionais subiram 23,76%, para 19 milhões e 559 mil euros. Valor inflacionado, sobretudo, pelo “conjuntural crescimento dos salários dos atletas profissionais que se verifica em todo o mercado”. O investimento em massa salarial atingiu o valor mais alto de sempre, “tendo crescido face ao exercício anterior cerca de 23%”, pode ler-se no relatório. O acréscimo na folha salarial dos jogadores foi de cerca de 2 milhões de euros.
O valor dos resultados operacionais, excluindo transações de jogadores, foi negativo em cerca de 7,2 milhões de euros. Valor que representa de facto o défice operacional da SAD do Vitoria e considerado “um instrumento de gestão decisivo, para que a administração possa estimar o valor mínimo das alienações de ativos de modo a não condicionar o cash flow da sociedade.”
O resultado líquido do exercício da SAD do Vitória na temporada 2018/2019 foi de aproximadamente 1 milhão e 208 mil euros, subindo 49,1% face ao exercício anterior. Foi o quinto ciclo consecutivo com resultados líquidos positivos. De realçar também que durante o exercício agora findo, a Vitória SAD foi capaz de devolver ao Clube fundador, através do abatimento de suprimentos, cerca de 716 mil euros.
No final do exercício 2018/2019, o valor do ativo ascendia a 26,249 milhões de euros, valor idêntico ao verificado no exercício 2017/2018. Por seu lado, o passivo sofreu um decréscimo de cerca de 1 milhão de euros, e fixou-se nos 22 milhões de euros. O passivo corrente manteve o seu valor de cerca de 15 milhões de euros, face ao exercício anterior.
No último exercício, a Administração da SAD gastou aproximadamente 9 milhões de euros na compra dos passes de 25 jogadores. O lateral-esquerdo Rafa Soares custou 1 milhão e 554 mil euros, enquanto a transação de João Carlos Teixeira foi avaliada em 1 milhão e 227 mil euros. Alexandre Guedes (880 mil euros), Rochinha (835 mil euros) e Davidson (800 mil euros) também tiveram um impacto assinalável nos gastos.
O mapa divulgado pela SAD revela os seguintes gastos:
Ouattara - 175 mil euros
Davidson - 800 mil euros
André André - 260 mil euros
Guedes - 880 mil euros
Florent - 635 mil euros
Rafa Soares - 1 milhão e 554 mil euros
Daniel Silva - 329 mil euros
Denis Martins - 21 mil euros
Gudelj - 30 mil euros
João Carlos Teixeira - 1 milhão e 277 mil euros
Ola John - 325 mil euros
Douglas - 10 mil euros
Venâncio - 520 mil euros
David Luiz - 200 mil euros
Wakaso - 200 mil euros
Rochinha - 836 mil euros
Sacko - 335 mil euros
Iago Reis - 15 mil euros
Joseph - 250 mil euros
Tapsoba - 20 mil euros
Rosier - 60 mil euros
Da análise do mesmo relatório e contas percebe-se que a rubrica das remunerações dos membros de órgãos de administração, de direção e de supervisão passou de 256 mil euros na época 2017/2018 para 330 mil euros na temporada passada. No exercício 2018/2019, foi processada uma remuneração variável à administração no valor de 65 mil euros de acordo com a proposta da comissão de vencimentos relativa à performance económica/financeira atingida no exercício 2017/2018.
Estes números serão discutidos na Assembleia Geral de accionistas, que terá lugar no dia 24, pelas 21 horas, no Auditório de Imprensa do Estádio D. Afonso Henriques. Na ordem de trabalhos, surgem três pontos: Discutir, apreciar e votar o Relatório de Gestão e as Contas relativos ao exercício findo em 30/06/2019, bem como o Relatório e Parecer do Fiscal Único; Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados e Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade.
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