Daniel Rodrigues abriu sessões de campanha: "Temos de acarinhar Mário Ferreira"
A Lista C candidata às eleições do Vitória, liderada por Daniel Rodrigues, iniciou este sábado a campanha eleitoral com uma sessão de esclarecimento que decorreu em São Torcato. Numa intervenção em que anunciou muitas das intenções que farão parte integrante do seu programa, o candidato não deixou, igualmente, de fazer algumas críticas à actual gestão - "Alguém se demitiu numa altura difícil" - e aos adversários na corrida eleitoral - "Adivinho que mais à frente pode haver um casamento de listas".Numa longa intervenção inicial, Daniel Rodrigues quis também explicar o porquê de se ter demitido da Assembleia Geral do Clube mas não da SAD: "Tenho orgulho em ter participado no trabalho feito por Júlio Mendes até 2017, mas a partir daí percebi que já era um clube de um homem só e tive de me demitir e de intervir. A partir da minha intervenção na última Assembleia Geral, houve retaliação total contra mim na Assembleia Geral da SAD. Fui afastado e isolado, mas não abandonei o barco para impedir que fosse feita uma alteração estatutária nas costas dos sócios. Lutei contra tudo e contra todos", explicou antes de dar mais uma 'bicada' aos outros candidatos à presidência: "Nos últimos 10 anos não vi estas pessoas no Vitória.
"Sobre Mário Ferreira, Daniel Rodrigues foi claro. "Veste literalmente a camisola do Vitória, temos uma relação de amizade e tem de ser acarinhado porque quer investir mais no clube." Contudo, ressalvou: "Nunca tive dono, gosto de ser independente e não vou ser homem de mão de Mário Ferreira."Já na fase em que respondeu a questões colocadas por sócios e adeptos, Daniel Rodrigues assegurou que a desblindagem dos Estatutos da SAD "não é assunto que esteja em cima da mesa" e reiterou que o seu projecto passa por "acarinhar o accionista maioritário", acreditando numa "relação de confiança que vai dar frutos".
Em relação a objectivos que pretende ver concretizados caso seja eleito no dia 20 de Julho, o líder da Lista C falou em "ter o Estádio cheio de vitorianos - mesma receita mas mais gente"; do jogador "Á Vitória que não pode ser escolhido por catálogo com os empresários"; da necessária "profissionalização de cima a baixo para que a culpa não continue a morrer solteira"; da "aposta na formação nas modalidades amadoras, criando um projecto com as escolas" e argumentou que o futebol profissional deve ser gerido pelo Presidente, "rodeado dos melhores players". Relativamente à questão das infraestruturas, Daniel Rodrigues admitiu que a Academia "está esgotada" e sugeriu que numa primeira fase "as equipas de futebol profissional saiam de lá".