Polémica na nomeação do procurador

Os inquéritos abertos pelo Ministério Público ao presidente do Vitória e à Câmara Municipal - que terá obtido ilegitimamente um subsídio da União Europeia para remodelar o estádio - foram parar às mãos de um procurador que exerce as funções de vogal no Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol. Segundo o sitio PortugalDiario.iol.pt, a distribuição dos dois processos é assumida pela coordenadora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) de Lisboa, Cândida Almeida, que garante que «não há qualquer incompatibilidade».
A coordenadora do DCIAP não vê, por isso, razões para «retirar» os dois inquéritos das mãos do procurador José Matos Ramos porque, na sua opinião, o magistrado está a conduzi-los «com toda a isenção».
Recorde-se que o parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República sobre a propriedade do estádio D. Afonso Henriques deu origem a abertura de inquérito para apuramento de responsabilidades criminais em todo este processo.
O documento da PGR foi claro ao apontar que a câmara de Guimarães não era a proprietária do estádio para celebrar o «contrato-programa de Desenvolvimento Desportivo no âmbito do QCA III [Quadro Comunitário de Apoio]». Por isso, o contrato «está afectado de nulidade com as inerentes consequências».

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