Luís Castro: "Vamos ao Funchal para impor o nosso jogo e se possível garantir a vitória"
Além da partida com o Marítimo, o treinador abordou outros temas, entre os quais o 1.º lugar do Sp. Braga.
O Vitória estará mais preparado para conseguir somar os três pontos no jogo com o Marítimo?
É essa a esperança que temos, que a equipa se porte de forma consistente e que consiga produzir um jogo bom e um bom resultado. No último jogo tivemos o amargo de sofrer o golo depois dos 90 minutos após uma exibição mais conseguida que todas as outras. Tenho a convicção que essa determinação vai-se instalar e vamos ao Funchal para conseguir impor o nosso jogo e um resultado que nos leve a pontos, se possível à vitória.
Como reagiu o plantel ao empate tardio com o Vitória de Setúbal?
A equipa sentiu-se desiludida, como eu me senti desiludido, como todo o universo vitoriano se sentiu desiludido. Depois de uma exibição consistente não conseguir a vitória por um golo aos 90+2' é sempre algo que nos deixa em baixo e com alguma tristeza. Ainda por cima, tinha acontecido algo semelhante em Portimão, onde deixamos fugir pontos nos últimos minutos. São dois jogos marcantes do campeonato, a equipa não vai passar por cima disso com leveza. A equipa sente-se revoltada por estarem a acontecer coisas que não são normais nos acontecer, mas ao mesmo tempo motivada porque o campeonato é de 34 jornadas e não de seis, assim ainda faltam 28 e essas 28 queremos atacá-las com ambição, com objectivos bem definidos dentro de nós. O campeonato é muito exigente, os resultados estão a ser muito apertados, estão a acontecer resultados menos esperados. Temos de estar preparados, sempre motivados.
Que dificuldades é que o Marítimo pode colocar ao Vitória?
O Marítimo é uma equipa com muita dinâmica nos seus corredores, que ofensivamente tem dinâmica. Em casa, ainda não houve qualquer equipa da 1.ª Liga a batê-los esta época, vamos tentar ser nós.
Está mais próxima a estabilização de um 11 base?
Existe sempre altura para estabilizar um 11. Melhor ainda seria se repetíssemos da 1.ª para a 2.ª jornada. Nós tivemos 60 por cento dos jogadores a entrar na equipa, um conjunto de variantes, por lesão e outros que não chegaram tão rápido. Neste momento temos uma equipa base definida e as alterações serão ou nenhumas ou muito poucas.
O facto de ter um plantel muito extenso complica o treino?
De certa maneira sim, mas não me posso refugiar nisso. Quando os grupos são mais fechados tudo fica mais fácil. Temos de trabalhar da forma como está e olhar de forma positiva, ter mais jogadores à disposição é positivo, claro que a dinâmica de treino muitas vezes não é favorável. É sempre mais confortável trabalhar com um número menor de jogadores, mas isso só pode ser feito em Janeiro.
Admite mudanças em Janeiro?
Enquanto treinador, a minha filosofia é a atacar o próximo jogo sem pensar muito para a frente. Sei que a minha profissão é de risco, o meu planeamento é imediato. Mais para a frente iremos ver o que se passa, se eu aqui continuar.
Já pode contar com Estupiñán?
Gostamos sempre de ter os jogadores de qualidade connosco. Tendo entrado hoje a treinar pela primeira vez connosco, é natural que não possa ainda ser opção para o próximo jogo na sua plenitude. O Óscar tem a sua qualidade, olhamos sempre para ele como alguém que pode fazer algo pelo Vitória.
Depois do jogo com o Marítimo, vem nova paragem...
Gostamos sempre de jogar, nunca gostamos das paragens. Quando não há competição a energia no trabalho baixa um pouco, porque estamos sempre ligados ao próximo jogo. Sei que as seleções têm de jogar, tem de aparecer a Taça de Portugal.
Que comentário lhe merece o 1.º lugar do Sp. Braga, um rival directo?
Não tenho nada a comentar. Tenho de constatar que é 1.º e que o percurso até agora tem sido bom.
Marcações: Marítimo, Vitória Sport Clube, Luís Castro