Crise directiva no Valinha pode ditar regresso ao Popular
Há 14 anos no clube, Paulo Costa entende que “chegou a hora” de deixar o Valinha. A justificação, garante, prende-se “com o cansaço acumulado de 14 anos de trabalho no clube. Tanto eu como os colegas da Comissão Administrativa estamos cansados. Tomei a decisão de não continuar depois de ter terminado o nosso mandato, os restantes elementos seguiram as minhas pisadas e neste momento o clube encontra-se num vazio directivo.” O dirigente tem conhecimento que estão a ser realizadas “algumas diligências” no sentido de encontrar uma solução alternativa, mas “pelo que vou sabendo não estão a ser conseguidos os intentos. Cada vez mais é difícil encontrar pessoas que trabalhem em prol das associações, é um mal em todo o lado.”
O cenário de vazio directivo deixa Paulo Costa “muito triste”, uma vez que “sinto muito orgulho por termos ganho o que o clube nunca tinha alcançado. Sinto orgulho por colocar o clube nas provas distritais. Gostava que o nosso trabalho fosse mais reconhecido, mas não é. Íamos notando algum mal-estar à nossa volta, agora chegou a hora das pessoas que escreviam as crónicas de mal-dizer darem um passo em frente e assumirem as rédeas do clube. É extremamente fácil porque é um clube com um passivo residual, fácil de dirigir.”
Para Paulo Costa, o regresso aos campeonatos da Associação de Futebol Popular “depende dos futuros corpos dirigentes”, ainda que tenha uma opinião formada: “O clube só faz sentido competindo nas provas distritais, porque o futebol popular actual não faz grande sentido. Se eventualmente aparecer alguém para gerir é quem deve tomar a decisão. A nossa missão está terminada, vamos aguardar mais um ou dois meses e se mão aparecer uma solução somos obrigados a entregar as chaves na Junta de Freguesia e cessar a actividade da associação.”
Marcações: Associação de Futebol de Braga, Futebol Distrital, GD Valinha