Direcção do Taipas pediu aos jogadores para abandorem o jogo com o Vizela
A três minutos do final do dérbie regional Vizela - Taipas, quando já ninguém pensava que seria desfeito o empate a zero, o árbitro auxiliar António Costa 'armou' um grande 31. O auxiliar chamou o seu chefe de equipa, António Resende, para expulsar Marco por alegadamente ter agredido Febras. Depois do árbitro ter mostrado o cartão vermelho ao taipense, o mesmo auxiliar disse ao árbitro que tinha de marcar grande penalidade.Tudo isto seria normal se não tivesse acontecido algum tempo depois do lance ter-se registado na área do Taipas. Após a queda de Febras, o jogo prosseguiu normalmente sem que o António Costa tomasse qualquer atitude. Os jogadores do Taipas, numa atitude de fair-play, atiraram pouco depois a bola para fora do campo para Febras ser assistido. Apenas quando o jogador do Vizela se preparava para efectuar o lançamento é que o árbitro auxiliar entendeu chamar o seu chefe de equipa.
Os ânimos exaltaram-se no banco do Taipas e foi mesmo sugerido de forma veemente pelo delegado ao jogo, Néné, que os jogadores abandonassem o relvado. O director estava a cumprir ordens do Presidente Francisco Ribeiro, que, na bancada, estava agastado com o trabalho do árbitro. Valeu a posição dos jogadores do Taipas, que fizeram finca pé em terminar o encontro, para que o jogo se desenrolasse até ao fim.
Em declarações à Rádio Santiago, o dirigente taipense falou sobre a intenção do clube em abandonar o jogo depois da marcação da grande penalidade e da expulsão de Ricardo Martins: “Foi uma situação complicada de gerir, porque alguém a provocou. A decisão que íamos tomar em termos directivos, que não chegamos a concretizar porque os atletas conseguiram manter-se dentro de campo, era para demonstrar que estávamos muito insatisfeitos com o trabalho do árbitro.” Questionado sobre se essa seria a melhor decisão, Néné refere que “caso acontecesse, seria muito mais complicado para a equipa de arbitragem se o jogo não tivesse terminado. Em termos desportivos, e pessoalmente, não sou a favor destas situações. O que se tentou fazer não foi ideia minha, as estou solidário com a posição assumida pela Direcção. Para podermos levar à frente este tipo de denúncias e exposição pública, penso que se calhar seria um veículo que nos ia dar muita força.” O director do Taipas mostrou-se mais comedido ao comentar a posição dos jogadores, que recusaram a abandonar o relvado. “Entendo o que eles fizeram. Só o futuro dirá se foi, ou não, a decisão mais acertada.”
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