Júlio Castro apresentou programa eleitoral: «Queria alertar o actual presidente da Direcção do Vitória para que não comprometa o futuro do clube, até porque para lá do mês de Março muito provavelmente não passará por ele»
O candidato à presidência do Vitória, Júlio Castro, acusou Júlio Mendes de causar ?instabilidade? no clube por ainda não ter anunciado se vai recandidatar-se ao acto eleitoral que será marcado para Março. O líder do movimento Novo Vitória deixou as críticas ao presidente vitoriano na cerimónia de apresentação do seu programa eleitoral. Um documento extenso, divulgado nas plataformas utilizadas pela candidatura, que versa oito pontos base: associados; futebol profissional; formação/academia; modalidades; área financeira; património, infraestruturas e recursos humanos; marketing e área comercial; comunicação e cooperação institucional.
Depois da apresentação pormenorizada do seu programa eleitoral, numa unidade hoteleira onde estiveram presentes muitos dos elementos que compõem a sua Comissão de Honra, Júlio Castro apontou o dedo a Júlio Mendes. E começou por dizer que o presidente vitoriano tem criado instabilidade ao não anunciar a sua posição ao próximo acto eleitoral: “A receptividade que temos tido tem sido excelente. Sei que a mobilização num Novo Vitória não tem ajudado o actual presidente da Direcção, e que cessará funções em Março, a tomar a sua decisão relativamente ao acto eleitoral. Entendo que o actual presidente da Direcção deve terminar com esta instabilidade no Vitória e de uma vez por todas afirmar aos sócios qual é a sua decisão. Que acabe com a instabilidade criada, estamos à espera dele”.
O candidato à presidência do Vitória criticou Júlio Mendes pelo investimento feito na equipa neste mercado de Inverno, por comparação com o do ano passado: “No ano passado, estávamos a três pontos de uma posição que podia dar para lutar pelo apuramento para a Liga dos Campeões. No ano passado, não reforçamos a equipa e ao invés vendemos jogadores. Este ano estamos arredados de todas as competições, estamos numa luta muito dura, em grande desvantagem para os nossos adversários, e decidimos comprar jogadores. Queria alertar o actual presidente da Direcção do Vitória, que cessará funções em Março, que ele não comprometa o futuro do clube, até porque o futuro para lá do mês de Março muito provavelmente não passará por ele. Ele que tenha cuidado”.
Confiante num triunfo no acto eleitoral que ainda não tem data marcada, Júlio Castro disse esperar que a transição de poder seja pacífica, ainda que o mandato da SAD termine apenas dentro de um ano: “Espero que a transição seja feita da forma mais pacífica possível e mais democrática possível”.
Na apresentação do seu programa eleitoral, Júlio Castro anunciou que a sua candidatura já garantiu o apoio de novos investidores: “São novos parceiros, novos investidores, que estão junto de nós, que estão atentos à nossa candidatura, que gostam do nosso projecto e que virão connosco. Passa por várias formas de investimento no Vitória. A transparência sendo uma das bases do programa, será explicado a forma como esse financiamento será obtido e aplicado”.
No capítulo desportivo, Júlio Castro reiterou a determinação de colocar o Vitória a lutar pelos lugares de acesso à Liga dos Campeões no final do mandato: “Nós queremos assegurar a presença do Vitória nas competições europeias e com o nosso projecto criar condições para que no final do mandato possa lutar por lugares que permitam o apuramento para a Liga dos Campeões”.
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