Vitória sofre sexta derrota consecutiva na SuperLiga

No dia em que Palatsi regressou à competição - 45 dias depois de ter actuado frente ao Leiria, na primeira jornada da SuperLiga - o Vitória sofreu a sexta derrota consecutiva. Desta feita, perdeu com o Nacional da Madeira por 4-2. No mínimo, preocupante! Um cenário absolutamente negro para quem iniciou a época com grandes expectativas. A verdade é que, após uma exibição apesar de tudo positiva diante do Porto, na Choupana a equipa de Inácio voltou às prestações medíocres. No primeiro tempo foi uma equipa presa de movimentos. O Nacional desde cedo tomou para si a iniciativa de jogo e obrigou Palatsi a um excelente punhado de defesas. No Vitória, os jogadores habitualmente construtores de jogo (caso paradigmático de Nuno Assis) não conseguiam pegar nos cordelinhos a meio-campo e o guarda-redes teve de aplicar-se a fundo para evitar a desvantagem, revelando-se mesmo espectacular a remate de Rossato aos 18'. O Vitória não conseguia ligar o seu jogo e tentava o ataque apenas em lançamentos compridos, tornando-se presa fácil para a defensiva madeirense. A primeira metade foi dominada quase integralmente pelo Nacional, que rematou por nove ocasiões mas não acertou com a baliza de Palatsi. Só aos 36' a equipa de Inácio deu um ar da sua graça numa boa jogada da Nuno Assis que passou por três defesas do Nacional e rematou forte, com o guardião Nuno Carrapato a defender mas a largar a bola. Na disputa do esférico entre o guardião insular e Romeu, o avançado vitoriano caiu na área e os jogadores do Vitória pediram grande penalidade. Bem perto do lance, o árbitro Olegário Benquerença mandou jogar mas ficou a sensação nítida de ter havido infracção. Praticamente no último lance da primeira parte, Medeiros deu o corpo à bola e evitou o golo do Nacional, já com Palatsi batido. O segundo tempo foi claramente mais espectacular. Logo aos 2 minutos, Bessa com o pé esquerdo efectuou um grande remate para excelente defesa de Nuno Carrapato. O Vitória entrava com outra determinação e se Bessa ameaçou na primeira jogada, aos 49' marcou mesmo num remate cruzado. A jogada nasceu de um bom passe de Nuno Assis para Hugo Cunha, com este a assistir Bessa que, dentro da área, rematou forte e cruzado sem hipótese de defesa para Nuno Carrapato O Nacional respondeu de imediato e antes de chegar ao empate ameaçou aos 53' num livre directo de Rossato com Palatsi a defender para a barra. Aos 55', chegou o golo madeirense. Cruzamento de Carlos Alvarez, Adriano, sobre a linha de baliza, desvia com o pé, com a defesa do Vitória completamente batida. E aos 69 minutos - já depois dos técnicos terem procedido à primeira substituição (no Vitória entrou Manuel José e no Nacional foi Leandro o escolhido) -, os insulares adiantaram-se no marcador, de novo por Adriano que aproveitou um brinde impressionante de Medeiros. Depois de uma combinação entre Leandro e Serginho Baiano, este cruzou para a área, o central vitoriano falhou o corte e Adriano sem marcação 'fuzilou' Palatsi. Perante a desvantagem, Inácio apostou imediatamente na entrada de Guga para o lugar de Rui Ferreira e, mais tarde, retirou do campo Romeu e colocou no eixo do ataque Carlos Carneiro. Já no período em que deu tudo por tudo, o Vitória chegou ao empate por João Tomás. Iam decorridos 87 minutos. Depois de um ressalto de bola na área do Nacional, Tomás rematou, a bola bateu em João Fidalgo e traiu o guardião Nuno Carrapato. Só que o pior estava para vir. Em apenas dois minutos, o Nacional marcou outros tantos golos. Aos 89', Adriano fez um hat-trick depois de um cruzamento da esquerda de Rossato. Um lance com largas culpas para a defensiva vitoriana. Já em período de compensações, Serginho Baiano colocou o resultado final em 4-2, consumando a sexta derrota consecutiva do Vitória na SuperLiga. A arbitragem de Olegário Benquerença foi positiva, ainda que tenham subsistido dúvidas no lance em que Romeu reclamou grande penalidade aos 36 minutos.

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