Vitória sofreu quarta derrota consecutiva com o Belenenses (2-0)
O Vitória sofreu a quarta derrota consecutiva na Superliga, no jogo que completou a quinta jornada. Na casa do Belenenses, a formação orientada por Augusto Inácio perdeu por 2-0. A equipa orientada por Manuel José adiantou-se no marcador, aos 29 minutos, por intermédio de Carlos Fernandes, fechando a contagem no minuto 69' através de Neca. O manual das falhas acompanhou o Vitória na, já de si, previsivelmente difícil deslocação ao Restelo. Independentemente do mérito que deve ser atribuído, numa primeira instância, a Carlos Fernandes e, mais tarde, a Neca, nos golos do Belenenses houve claramente desatenção defensiva em igual dose. Noutros lances em que a equipa de Manuel José podia ter marcado, a insegurança defensiva vitoriana marcou, igualmente, destaque negativo.Paralelamente, o manual do erro havia de estender-se ao ataque, onde o Vitória denotou falta de acerto num jogo que lhe ofereceu algumas boas ocasiões. Num jogo que, apesar de tudo, ficou marcado por um nível exibicional bem diferente - para melhor - que o evidenciado na jornada anterior frente à Académica. Só que os pecados capitais voltaram a ser cometidos e o quarto (!) desaire consecutivo foi
inevitável.
No Restelo, Inácio voltou a mexer na equipa. E fê-lo de forma acentuada, preterindo Rogério Matias, Ednilson, Manuel José, Guga e João Tomás em favor de Cléber, Afonso Martins, Flávio Meireles, Rui Ferreira e Romeu.
Cinco alterações que, contrariando expectativas pessimistas, não ofuscaram alguma qualidade de jogo evidenciada desde o minuto inicial. O Vitória pegou no jogo e aos 7 minutos construiu um lance passível de concretização. O livre foi muito bem executado, Rubens Júnior e Nuno Assis apareceram isolados mas o brasileiro, infantilmente, meteu a bola nas mãos de Marco Aurélio.
O Belenenses iniciava o jogo sem chama e só aos 20 minutos notificava o Vitória daquilo que havia de surgir. Um remate de Saneh levava a bola ao poste esquerdo da baliza de Miguel. A antecâmara da eficácia azul. Nove minutos volvidos, um pontapé de canto de Neca apanhava a cabeça fulgurante de Carlos Fernandes e, de permeio, uma falha de marcação de Cléber.
A desvantagem não teve um efeito demasiado perverso no Vitória. A equipa manteve a toada de pressão a meio-campo e aos 33 minutos um grande passe de Afonso Martins isolou Nuno Assis, mas este adiantou a bola em demasia quando Marco Aurélio lhe saíu ao caminho.
Ao intervalo, como se esperava, Inácio alterou o onze, trocando Rui Ferreira e Afonso Martins por Rafael e João Tomás. Substituições que quase sublinhavam efeitos práticos imediatos. No primeiro minuto do reatamento, uma combinação entre os dois jogadores recém entrados quase permitia o golo a João Tomás.
O Belenenses era, claramente, ainda menos expedito do ponto de vista ofensivo nesta fase. Limitava-se praticamente a controlar o Vitória e o resultado, mas aos 57 minutos Saneh desperdiçou uma oportunidade clara. Respondeu à letra João Tomás com um cabeceamento parado sensacionalmente por Marco Aurélio.
Depois, novo contra-ataque pérfido e letal do Belenenses. O excelente golo de Neca que acabou literalmente com as aspirações vitorianas, ainda que Romeu, aos 77 minutos, tivesse tido uma boa oportunidade para gerar redução no marcador.
A arbitragem de Elmano Santos foi equilibrada, realçando-se apenas dois momentos negativos. Aos 50 minutos, erro duplo. Bessa saiu, primeiramente, de posição irregular quando recebeu o passe de Romeu e depois foi travado na área por Eliseu. Aos 58, Saneh devia ter sido expulso quando pontapeou ostensivamente Rubens Júnior. O árbitro madeirense admoestou o irreverente jogador do Belenenses apenas
com o amarelo... Apesar de tudo, uma arbitragem que não mereceu grandes reparos.
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