Vitória regressa aos triunfos na Póvoa de Varzim
Uma boa pescaria de Rafael, a sete minutos dos 90, rendeu ao Vitória o regresso aos triunfos e o redimensionamento dos objectivos, que agora apontam para a eventual conquista do terceiro lugar, pertença do Sporting que detém uma vantagem de oito pontos. O avançado brasileiro aproveitou eficazmente uma infantilidade defensiva de Rodolfo (atraso deficiente a Paulo Santos) e colocou o Vitória em vantagem, num jogo que esteve longe de ser brilhante mas que valeu sobretudo pela emoção resultante dos minutos finais. No período pós-golo, foi ainda possível ao Varzim dispôr de duas oportunidades (Marcão e Alexandre) e ao Vitória falhar, noutras tantas ocasiões, a hipótese de sentenciar o seu triunfo, por Djurdjevic e Romeu.Relativamente ao primeiro tempo, vincou-se uma supremacia territorial do Vitória que, no entanto, não lhe permitiu disfarçar algumas dificuldades na construção do jogo ofensivo. Romeu e Fábio Júnior, colocados na frente de ataque, sujeitaram a equipa a uma plantação
táctica que não privilegiou, como é preferível, as incursões flanqueadas. Desse modo, só por uma única vez a baliza de Paulo Santos esteve em perigo, quando aos 18 minutos uma combinação perfeita entre Pedro Mendes e Nuno Assis finalizou num remate deste último à barra. Na recarga, Fábio Júnior foi demasiado lento e permitiu a intercepção de um defesa poveiro.
No segundo tempo, o Varzim equilibrou e no minuto inicial esteve perto de marcar, quando Palatsi deixou escapar a bola e teve de ser Rogério Matias a impedir que esta entrasse na sua baliza.
Foi o melhor período do Varzim, que aos 60 minutos dispôs de uma óptima ocasião por Paulo Vida, que isolado não acertou com a baliza.
O Vitória recompôs o equilíbrio e antes do golo, em jeito de antecâmara, Rafael perdeu o golo aos 78 minutos quando cabeceou defeituosamente um cruzamento de Djurdjevic.
Depois surgiu a vantagem e claramente o melhor período do encontro, culminado com um lance em que Alexandre podia ter feito o empate, mal menor para um Varzim que agudiza a crise de resultados, ainda que tenha substituído o treinador que fez da equipa poveira uma das grandes surpresas da 1ª volta do campeonato.
A arbitragem do jovem Nuno Almeida foi personalizada e não teve de ser exagerada do ponto de vista disciplinar. Nunca perdeu o controle e induziu nos jogadores a necessidade de estarem mais de pé e menos vezes deitados no relvado quando grande parte das faltas que reclamam não existe.
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