Estádio do Vitória vai ter sector ultra na próxima temporada

Direcção do Vitória convenceu White Angels e Suspeitos do Costume a juntarem-se no Topo Sul Inferior. Insane Guys continuarão na Nascente. Preço dos lugares anuais mantém-se.

Francisco Canário é o OLA (Oficial de ligaçao aos adeptos) do Vitória. Neste contexto explicou, em entrevista ao DESPORTIVO de Guimarães desta semana algumas das alterações, para a próxima época, no D. Afonso Henriques no que concerne aos lugares anuais no Estádio. O objectivo, explicou, “é aproximar clube e adeptos”, permitindo que regresse o “conceito de festa e família associados ao nosso clube” e que “ir ao futebol passe a ser mais acessível a quem, ano após ano, e numa conjuntura dificil, nunca abandona o Vitória, ou seja os seus adeptos”.

A criação de um Sector Ultra no Estádio D. Afonso Henriques é uma das novidades que o Vitória está a preparar para a próxima temporada. Uma ideia que criou raízes há já algum tempo mas que agora, finalmente, será concretizada pela Direcção liderada por Júlio Mendes. Francisco Canário confirmou ao DESPORTIVO que o Topo Sul Inferior se apresentará diferente a partir de Agosto, no que à presença dos vitorianos diz respeito. Um compromisso estabelecido depois da Direcção “ter abordado os diferentes grupos de apoio, tendo chegado a um consenso com os White Angels e os Suspeitos do Costume”.

O dirigente sublinha que foram entendidos os benefícios da criação deste novo sector, “quer para o clube, quer para os próprios adeptos”. Francisco Canário justifica que “alguns adeptos do Topo Sul Superior vinham-nos demonstrando alguma insatisfação, porque a presença dos White Angels nessa zona lhes retirava alguma visibilidade nos jogos, devido às tarjas e coreografias. Conversámos com as claques e chegámos a acordo para que na próxima época se reúnam na parte inferior da bancada”. Aliás, a crença é de que, mais cedo ou mais tarde, a própria regulamentação do Futebol Profissional ditará que os clubes tenham que reunir todos os seus grupos de apoio na mesma bancada. Francisco Canário entende que isso é benéfico para os clubes e até para as próprias forças de segurança. “Toda a gente tem a ganhar com esta mudança, pelo que foi fácil chegar a um entendimento”, reforça.

A partir da próxima temporada, a parte central do Topo Sul Inferior será destinada a congregar o apoio de White Angels e Suspeitos do Costume. Na bancada Nascente Superior vão manter-se os Insane Guys, a claque mais antiga no apoio ao Vitória. “Não quiseram mudar, fizemos os possíveis para que tal acontecesse mas temos de compreender a posição que adoptaram, porque são livres de comprar o lugar anual onde quiserem”. No entanto, esclarece, o apoio dos Insane estará mais condicionado: “Não poderão levar para o Estádio o material habitual, como os estandartes, porque só o Sector Ultra terá essa permissão.”

Tendo em consideração que a nova zona a criar no Topo Sul já era normalmente ocupada por adeptos do Vitória que adquiriam o seu lugar anual, o que é que acontecerá com esses adeptos a partir de agora? O clube, segundo Francisco Canário, foi sensível a essa questão e pensa que a resolveu de uma forma que agradará a todos. “Vamos falar com eles, emitir um comunicado, fazer-lhes entender que a criação do Sector Ultra é boa para o clube e, mais importante do que isso, se quiserem mudar para a parte superior do Topo Sul, pagarão exactamente o mesmo que pagavam em baixo. Creio que ficam a ganhar, porque pagarão o mesmo e terão uma visibilidade ainda melhor sobre o terreno de jogo”, acrescenta. “Os sócios do Vitoria adoram o seu clube e fazem tudo para ir ao encontro daquilo que percebem ser o melhor para o mesmo”, conclui. 

A partir desta semana, o Vitória vai abrir o seu show room no Estádio para que os adeptos possam renovar os lugares anuais. Com a certeza de que os preços vão manter-se na ordem dos que foram praticados nas últimas épocas e em alguns casos até ficarão mais em conta. Francisco Canario  salienta que a conjuntura económico-financeiro “foi tida em conta, como não poderia deixar de ser. Temos sobretudo de pensar no bem-estar dos nossos sócios e não procedemos a aumentos”.


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