Moreirense cede derrota diante do Sporting (1-2)

É mais um jogo que pode suscitar discussão, relativamente à arbitragem. Com razão, atendendo à sempre subjectiva análise posterior pela televisão, o Moreirense protestou dois lances passíveis de grande penalidade ocorridos na área do Sporting já no segundo tempo. No primeiro, e ainda que as imagens não sejam completamente elucidativas, Quiroga disputou o lance com Alex e parece ter metido a mão à bola. No segundo, os mesmos intérpretes e uma queda na área do avançado do Moreirense, que por algo espalhafatosa que foi ‘iludiu’ o árbitro, tendo Alex sido admoestado com o cartão amarelo. Contudo, é certo que Quiroga chegou a tocar no adversário. Uma questão de intensidade?
Sendo ainda certo que Olegário Benquerença pode merecer o benefício da dúvida em ambos os lances, não é menos correcto atribuir responsabilidades ao seu auxiliar que acompanhou nessa fase o ataque do Moreirense.
Quanto ao resto, deve dizer-se que o Sporting só ganhou porque foi melhor que o Moreirense na vertente fundamental do jogo. A concretização. Aproveitou uma falha defensiva clamorosa de Roberto e João Duarte para fazer o 0-1 aos 11 minutos por Jardel, e contou com o
refinado remate de Rui Bento aos 62 para voltar a colocar-se em vantagem.
De permeio, o Moreirense reduziu com um excelente golpe de cabeça de Armando que configurava perfeita sintonia e justiça no marcador. No jogo disputado, o Moreirense nunca foi subjugado pelo actual campeão nacional - bem pelo contrário - e as substituições operadas por Boloni atestam exactamente do receio ‘leonino’, que a partir do 2-1, e ainda
que tivesse ficado numericamente inferiorizado com a expulsão de Toñito, priorizou a defesa da magra vantagem, abdicando do ataque. O treinador romeno fez entrar três elementos de características defensivas (César Prates, João Paulo e Rui Jorge), em contraponto com Manuel Machado que logo ao intervalo produziu duas alterações no sentido de capitalizar outra acção ofensiva na sua equipa.
Contudo, esta acção meritória no banco não foi correspondia no campo, uma vez que o Sporting soube defender preciosamente a vantagem e obstou a que o Moreirense pudesse atacar com a bola a circular junto ao relvado, ‘preferindo’ o passe longo e bombeado, o que nunca surtiu efeitos práticos.
Da arbitragem de Olegário Benquerença já se disse o essencial. No aspecto disciplinar, foi temerário mas cumpriu a lei quando expulsou o espanhol Toñito por entrada violenta sobre Alex aos 70 minutos.

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