Júlio Mendes: «Direcção tem poderes para decidir estas questões»

O reatamento de relações institucionais entre Vitória e Braga, ocorrido na última sexta-feira, está a causar polémica entre os adeptos vitorianos, que através das redes sociais têm criticado a postura da Direcção de Júlio Mendes, recordando que o corte de relações havia sido ratificado numa Assembleia Geral em 2011, e que só os sócios teriam legitimidade para revogar a decisão.
O reatamento de relações institucionais entre Vitória e Braga, ocorrido na última sexta-feira, está a causar polémica entre os adeptos vitorianos, que através das redes sociais têm criticado a postura da Direcção de Júlio Mendes, recordando que o corte de relações havia sido ratificado numa Assembleia Geral em 2011, e que só os sócios teriam legitimidade para revogar a decisão.

O DESPORTIVO de Guimarães confrontou o presidente vitoriano sobre esta polémica e o entendimento de Júlio Mendes é bem diferente. O dirigente começou por sustentar que tem “cumprido na íntegra” o que prometeu aos vitorianos e recordou que “sempre disse que o Vitória tem de ter boas relações institucionais e tenho tratado disso em função dos interesses do clube”. Sem se deter, o líder do Vitória asseverou que “já foram reatadas as relações com o Nacional e o FC Porto” - interrompidas na gestão de Emílio Macedo da Silva - e “regularizado o relacionamento com a autarquia” vimaranense, também afectado por desentendimentos surgidos entre o elenco do ex-presidente e a edilidade então presidida por António Magalhães. “Agora, restabelecemos o relacionamento com o Braga”, acrescentou antes de mostrar-se surpreendido pelo facto das críticas só agora terem surgido.

Críticas que têm surgido na sequência do rompimento das relações entre os dois velhos rivais ter sido ratificado numa Assembleia Geral pelos sócios, ficando explícito que uma eventual reversibilidade da decisão teria de ser igualmente afecta aos associados vitorianos. Júlio Mendes não tem esse entendimento sobre aquele que é verdadeiramente o busílis da questão. “Não passei por cima da Assembleia Geral. A Direcção tem competência para decidir sobre estas questões”, justificou ao DESPORTIVO antes de historiar o processo que levou ao entendimento com António Salvador. “O Presidente do Braga é que deu o primeiro passo no sentido das relações serem normalizadas. Disse-me que não fazia sentido os clubes continua­rem com este clima e convidou a Direcção do Vitória para um jantar antes do jogo. Isto com o beneplácito do Presidente da Federação. Queriam que depois disto fosse o Vitória a ficar mal na fotografia?”, questiona finalmente Júlio Mendes.

A verdade é que este assunto, mais não seja na próxima Assembleia Geral, deverá levantar alguma polémica, que para já tem estado circunscrita às redes sociais, onde as ‘tréguas’ com o rival não são bem vistas, uma vez que os vitorianos desconfiam que, a exemplo do passado recente, António Salvador não saberá cumprir a palavra. 

Marcações: Desporto

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