Trabalhadores da Kyaia querem aumento salarial de 7%

Os trabalhadores da Kyaia, aprovaram a alteração do atual contrato de empresa que os liga à fabricante de calçado, reivindicando um aumento de 7% aos actuais salários, que "rondam" os 500 euros.
Em declarações à agência Lusa, o representante do Sindicato dos Têxteis, Vestuário e Calçado, José Guimarães, explicou que na votação para "avançar para um novo acordo de trabalho" participaram 114 trabalhadores dos 170 trabalhadores da empresa, com 100% de votos "sim".

Além do aumento de salário, os trabalhadores da Kyaia, pertencente ao industrial Fortunato Frederico, que é também presidente da Associação Patronal do Calçado (APICCAPS), pretendem que o subsídio de alimentação seja também revisto. 
"O acordo de empresa que vigora é de 2006. Hoje os trabalhadores deram-nos cartão verde para negociarmos um novo acordo. Neste novo acordo pretende-se que fique estabelecido um aumento de sete por cento nos salários mas que o subsídio de alimentação suba de 2.20 euros para os três euros", disse José Guimarães.

Em média, disse, cada trabalhador, "mão-de-obra direta", aufere "cerca de 500 euros mensais", montante que o sindicalista defendeu ser "muito baixo, apesar de estar acima do salário mínimo nacional". Agora, apontou José Guimarães, "o próximo passo é oficializar a proposta a apresentar à administração, elaborar o texto com calma, autenticar a votação de hoje e começar com as negociações".

José Guimarães salientou novamente a "importância simbólica" da Kyaia nesta negociação "uma vez que a empresa é propriedade de Fortunado Frederico, que é também presidente APICCAPS. Para este sindicalista, "o patronato recusa negociar novos salários sem ter justificação para isso, tal como fez em 2012", pelo que, disse, "o sindicato achou que devia consultar os trabalhadores sobre as negociações em curso" no sector.

Marcações: Economia

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