VÍDEOS: Conselho de Disciplina da Federação com 'mão pesada' para o Vitória. E os outros?

Pela segunda vez num curto espaço de tempo o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol teve mão pesada nos castigos aplicados ao Vitória pelo mau comportamento do seu público.
 Depois da punição com dois jogos à porta fechada no D. Afonso Henriques, na sequência dos incidentes verificados no jogo entre as equipas B de Vitória e Braga – entretanto alvo de recurso -, aquele Conselho voltou a aplicar uma pena exemplar, com pena de um jogo à porta fechada e multa de 15 mil euros. Em causa, desta vez, estiverem os petardos lançados para o terreno de jogo no embate do último domingo com o Benfica.

O Conselho de Disciplina da FPF, liderado por Herculano Lima e composto por 13 elementos, todos licenciados em direito, tem adoptado uma política de tolerância zero para com a violência nos estádios. Mas será que é só em Guimarães que estes episódios acontecem?

Fomos à procura de outros exemplos que não tiverem a mesma «mão de ferro» por parte daquele órgão federativo. E não é preciso recuar muito no tempo para verificar essa realidade.

No último domingo, o encontro entre Braga B e Sporting B ficou marcado por arremesso de pedras por alegados adeptos bracarenses para o interior do recinto.
Recorde-se que o Vitória já foi punido com pena de interdição do seu estádio por um episódio semelhante em Paços de Ferreira, em 2006.

Foram ainda notícia, esta temporada, outros incidentes graves entre adeptos bracarenses e de outros clubes como Leixões, Belenenses, Benfica e Porto. Foi também no Municipal bracarense que adeptos do Paços de Ferreira foram agredidos e obrigados a fugir da bancada. Aparentemente, a reincidência não foi agravante, tendo os dois clubes sido punidos com multas pecuniárias.


Em 2011, adeptos do Sporting fizeram arder dezenas de cadeiras no Estádio da Luz. O clube leonino viria a ser condenado a pagar uma indemnização de quase 360 mil euros para a reparação da bancada, mas o comportamento dos adeptos foi punido com uma multa de 450 euros!


No ano anterior, no clássico entre o Porto e o Benfica, no Dragão, o guarda-redes espanhol Roberto foi atingido por uma bola de golfe, nos primeiros minutos da segunda parte. O jogo esteve interrompido alguns minutos.


Estádio da Luz. Agosto de 2008. No clássico entre Benfica e Porto, um adepto benfiquista entra no relvado e agride um árbitro auxiliar. Depois do incidente, o adepto regressou à bancada, tendo sido posteriormente detido. 



No dérbi entre Sporting e Benfica, em 2004, adeptos do leoninos invadiram o relvado aos 89 minutos de jogo. A pronta intervenção da polícia impediu graves incidentes. 


Em 2003, o encontro entre o Vitória e o Benfica foi disputado em Felgueiras, numa altura em que o D. Afonso Henriques se preparava para o Euro 2004. Na altura do golo do empate do Vitória, um elemento da claque benfiquista lançou um petardo para o relvado tendo ferido o jogador vitoriano Marcinho e um agente da GNR. Ambos necessitaram de receber assistência. O jogo esteve interrompido mais de cinco minutos.

Cenas tristes que cada vez mais afastam os espectadores dos estádios. Mas estes casos têm apenas isso em comum – tristes - com os episódios verificados em Guimarães. É que nenhum deles teve penas tão pesadas com as agora verificadas. De resto, caso o Vitória B cumpra a pena de um jogo à porta fechada diante da Naval 1º de Maio, será a primeira vez que tal acontecerá em Portugal. Recorde-se ainda que nos últimos anos o Vitória foi dos poucos clubes penalizado com a pena de interdição do seu estádio.

Marcações: Desporto

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