Conselho Fiscal do Vitória pede a «responsabilização e penalização» da direcção de Emílio Macedo da Silva
O Conselho Fiscal do Vitória, liderado por Eduardo Leite faz, no parecer ao relatório e contas do exercício de 2001/2012, duras críticas à gestão de Emílio Macedo da Silva, solicitando mesmo que a actual direcção apure todas as responsabilidades, inclusive judicialmente.No documento colocado no sítio oficial do clube na internet, aquele conselho afirma que o relatório e contas que apresenta um aumento do passivo em mais de 8 milhões de euros é "profundamente oneroso para o futuro do clube".
No parecer lê-se que o Conselho Fiscal não percebe como "foi possível comprar passes de jogadores e assumir determinados valores salariais tendo em conta os clubes de origem e a valia desportiva de alguns jogadores", dando como exemplo os contratos de Molina e Saucedo.
"Não percebe este Conselho Fiscal o porquê das pesadas comissões de intermediação pagas a empresários. Não percebe este Conselho Fiscal a existência de fornecedores privilegiados aos quais os pagamentos estavam integralmente em dia, estando o Vitória Sport Clube numa situação de incumprimento generalizado aos demais (incluindo banco e estado) e num período de apresentação do PEC. Não percebe este Conselho Fiscal como foram emitidos cheques sem provisão a certos credores, originando a inibição do clube pelo Banco de Portugal."
No parecer lê-se que o Conselho Fiscal não percebe como "foi possível comprar passes de jogadores e assumir determinados valores salariais tendo em conta os clubes de origem e a valia desportiva de alguns jogadores", dando como exemplo os contratos de Molina e Saucedo.
"Não percebe este Conselho Fiscal o porquê das pesadas comissões de intermediação pagas a empresários. Não percebe este Conselho Fiscal a existência de fornecedores privilegiados aos quais os pagamentos estavam integralmente em dia, estando o Vitória Sport Clube numa situação de incumprimento generalizado aos demais (incluindo banco e estado) e num período de apresentação do PEC. Não percebe este Conselho Fiscal como foram emitidos cheques sem provisão a certos credores, originando a inibição do clube pelo Banco de Portugal."
Por tudo isto, o Conselho Fiscal manifesta "um voto de censura aos actos de gestão protagonizados pela direcção anterior, que a nosso ver conduziram à gravíssima situação financeira em que o Vitória Sport Clube se encontra".
O documento assinado por Eduardo Leite e pelos restantes elementos, recomenda ainda à direcção de Júlio Mendes que "diligencie no sentido de, por todas as vias, (seja judicial e/ou extrajudicialmente) (...) apurarem as causas e os responsáveis da actual situação do Clube, exigindo-se a sua responsabilização, penalização e a reparação, na medida do possível, dos danos causados".
Ainda assim, o parecer do Conselho Fiscal vai no sentido da aprovação do Relatório e Contas uma vez que não tem "a mínima dúvida de que esta Direcção cumpriu o seu dever de apresentar este Relatório e Contas tal como efectivamente está a situação financeira e patrimonial do clube".
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