Júlio Mendes: «Algumas pessoas estão a tentar que o Vitória dê de garantia, aos bancos, o seu património»

Júlio Mendes aponta o dedo a Emílio Macedo da Silva e aos ex-vice-presidentes Paulo Pereira, Alberto Oliveira e Luciano Baltar.
O presidente vitoriano acusa os responsáveis da anterior Direcção de colocarem em cheque o Plano Extrajudicial de Concilicação (PEC).
Numa entrevista ao jornal 'Record', Júlio Mendes revela o teor de uma carta assinada por Emílio Macedo da Silva, Paulo Pereira, Alberto Oliveira e Luciano Baltar, dirigida a três bancos. Nessa missiva, os ex-dirigentes descartam-se das suas responsabilidades no PEC, quando o mesmo foi apresentado ainda pela anterior Direcção. Ao mesmo tempo, remetem as responsabilidades para Júlio Mendes. “Quando tomei conhecimento desta carta... caí para o lado. Pensei que estava noutro país. Isto é uma bomba atómica”, revela Júlio Mendes.

Pela primeira vez, o actual presidente vitoriano critica abertamente o seu antecessor e revela que o PEC está em risco. Diz mesmo, com destinatário identificado, que “algumas pessoas estão a tentar que o Vitória dê de garantia, aos bancos, o seu património”. Júlio Mendes garante que não hipotecará património “para libertar as garantias das pessoas que deram os avales anteriormente”. Na mesma entrevista, Júlio Mendes revela estar “de pés e mãos atadas” e acusa a anterior Direcção de estar a lançar para cima das suas costas “a responsabilidade dos milhões de euros dos actos de gestão com que endividaram o clube”.
Face a este novo problema, o presidente vitoriano revela que o clube pode ficar “completamente exposto aos credores, podendo surgir um pedido de insolvência a qualquer momento”. Por isso, insiste na ideia de que os ex-dirigentes “devem fazer parte da solução” de a forma a que a actual Direcção não fique “sem instrumentos para construir um projecto credível”. 

Depois de afirmar que a vida do Vitória não deverá estar em risco, Júlio Mendes assume que o clube vive uma situação “insustentável”, até porque não sabe até quando os bancos vão ter paciência para cobrar as dívidas. 
Na entrevista ao jornal 'Record', Júlio Mendes revela que a campanha 'Todos por uma Paixão' rendeu apenas 45 mil euros. Por isso, em vez de terminar no final do mês de Setembro, a campanha será prolongada até ao final do ano.


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