Direcção demissionária do Vitória apresentou PEC no IAPMEI para renegociar dívidas ao Estado

O Vitória avançou, na passada terça-feira, no IAPMEI, com o PEC (Procedimento Extrajudicial de Conciliação), tendo em vista uma renegociação das dívidas ao Estado, concretamente ao Fisco e à Segurança Social.
A medida já tinha sido aprovada numa reunião que teve lugar a 15 de Fevereiro último, entre a actual Direcção demissionária e elementos dos restantes órgãos sociais do clube. Com o recurso ao PEC, a Direcção demissionária de Emílio Macedo da Silva pretende estender o prazo de pagamento das dívidas ao Fisco e Segurança Social ao longo dos próximos 10 anos, em prestações mais suaves que as actuais. Mas não só. É que com esta medida, e desde que o Governo aprove o PEC - o que é praticamente líquido - o Vitória poderá receber, já nos próximos dias, uma certidão que lhe possibilitará participar nas competições da próxima época, quer ao nível nacional quer na Liga Europa. A inscrição nessas provas foi atempadamente feita pelo clube, mas carece da referida certidão que atestará que o Vitória chegou a um acordo com o Estado para pagar as suas dívidas.

O PEC é destinado a empresas que deverão demonstrar que são economicamente viáveis mas que se encontrem em situação de insolvência, ainda que meramente eminente. Segundo a Santiago apurou, no processo que enviou para o IAPMEI - entidade que faz a mediação entre o clube e o Governo - o Vitória alegou que o seu passivo é nesta altura de cerca de 22 milhões de euros.

Se o PEC for aprovado pelo Governo, o Vitória fica imediatamente desonerado das obrigações de pagamento actualmente existentes, passando a pagar as suas dívidas de uma forma mais suave e prolongada por 10 anos. Essa poderá ser, no fundo, a grande vantagem para a futura Direcção que será eleita a 31 de Março, apesar do clube ficar numa posição frágil perante os seus credores.


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