Moreirense perdeu em Alvalade por 3-0
O Moreirense perdeu esta segunda-feira em Alvalade por 3-0. A resistência da equipa de Manuel Machado durou até aos 29 minutos, altura em que Kutuzov inaugurou o marcador. É caso para dizer que o Moreirense - tal como Manuel Machado enfatizou no final - deu tiros no próprio pé. Tendo em consideração que os dois primeiros golos do Sporting foram obtidos em claro contra-pé, não deixa de ser significativo ressalvar que a equipa vimaranense saiu a perder da sua deslocação ao recinto do actual campeão nacional por ter sido um pouco atrevida!?É incontornável que até ao golo de Kutuzov, o jogo foi pautado pelo signo do equilíbrio, com duas situações de grande perigosidade, uma para cada lado. Aos 17 minutos, antecipando a sua noite de felicidade, o jovem Cristiano Ronaldo proporcionou uma grande defesa a João. Aos 24, um livre directo cobrado por Vitor Pereira levou o esférico a embater no poste direito da baliza de Nélson. Portanto, tudo perfeitamente controlado por um Moreirense que só a partir do quarto-de-hora viu o Sporting pegar um pouco mais nas funções ofensivas.
Até que chegou o fatídico lance do 1-0. O Moreirense gizava o ataque na zona intermediária, executou mal um passe e proporcionou a rápido descompensação defensiva, com o bielorusso a rematar cruzado para a vantagem ‘leonina’. O Moreirense viu a sua estratégia baralhada e equacionada, abanou e pouco depois sofreu novo revés. Nova descompensação e uma brilhante jogada individual de Cristiano Ronaldo fizeram o resto.
O segundo tempo foi menos interessante. Porque o Sporting mostrou predisposição de, sobretudo, gerir a vantagem alcançada, como forma de gerir igualmente o dispêndio físico dos seus jogadores mais ‘massacrados’. Mas também porque o Moreirense, por outro lado, não foi capaz de colocar em causa esta gestão, sublinhando apenas dois lances de maior apuro junto da baliza de Nélson, ambos protagonizados por Armando a passes de Agostinho. Pouco mais logrou fazer uma equipa que viria a sofrer o terceiro e derradeiro golo já em período de compensações (foi o último lance), quando estava reduzida a nove unidades. Em primeira instância, Alex saíu lesionado e deixou apreensivo Manuel Machado. Depois, para agudizar ainda mais prestações futuras, Vitor Pereira foi expulso por acumulação de amarelos.
Da arbitragem de Paulo Costa deve referir-se que foi extremamente positiva. Raramente se deu pelo árbitro e nos lances mais complicados soube ajuizar sempre a preceito. Mesmo na expulsão de Vitor Pereira limitou-se a cumprir as regras, ainda que o jogador tenha demonstrado o seu desagrado pela atitude tomada. Paulo Costa esteve em plano positivo num jogo que marcou um regresso pouco efusivo de Jardel a Alvalade.
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