Luís Cirilo defende «eleições antecipadas» no Vitória

O conhecido sócio vitoriano, escreveu que é “sentido de responsabilidade uma direcção entender que o seu ciclo acabou e que é tempo de devolver a palavra aos sócios”.

No seu artigo publicado na noite de ontem, Luís Cirilo critica a gestão de Emílio Macedo da Silva, lembrando que “a juntar ao descalabro financeiro já conhecido e à total falta de empatia entre órgãos sociais e adeptos, estamos agora a caminhar para o descalabro desportivo nas principais modalidades praticadas no clube”.

Luís Cirilo recorda ainda que “o relatório e contas, chumbado esmagadoramente pelos sócios em AG, demora em reaparecer acompanhado dum credível plano de reestruturação da divida”, e volta a mostrar-se contra a constituição de uma Sociedade Anónima Desportiva. “A SAD, proposta por uns e rejeitada por outros no seio dos órgãos sociais (com interessantes mudanças de opinião pelo caminho), paira sobre a massa associativa como uma ameaça ao futuro do clube e não como uma solução”. 

O antigo secretário-geral do clube e candidato derrotado no último acto eleitoral, na lista de Manuel Pinto Brasil, lamenta ainda que o clube esteja a “caminho do pântano, com o que é essencial por resolver, e com o adiar de decisões cruciais para a vida do Vitória”. Por isso, Luís Cirilo defende um “choque psicológico”, que se traduz em “eleições antecipadas”, “dentro de um prazo sensato e na máxima convergência de vontades nesse sentido”.

O artigo de Luís Cirilo, já mereceu comentários no seu blogue e nas redes sociais e nas várias respostas que publicou, afirmou estar a fazer o "trabalho de casa”, com um “programa eleitoral com soluções desportivas, financeiras e outras” e quer devolver o “Vitória ao seu lugar de grande clube do desporto português”. 

As eleições ordinárias do Vitória estão agendadas para Março de 2013, mas um grupo de sócios já pediu a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para destituir a direcção de Emílio Macedo da Silva. Luís Cirilo defende eleições antecipadas porque não se pode “continuar a perder tempo” e desafia ainda a actual direcção a apresentar-se a votos “se entenderem que tem soluções e um projecto a cumprir".