Passivo do Vitória subiu para 15 milhões e 117 mil euros em Junho de 2011

O passivo corrente do Vitória em 30 de Junho de 2011 era de 14 milhões, 317 mil e 372 euros.
A este valor, somam-se ainda 801 mil e 462 euros do passivo não corrente. No total, o passivo vitoriano ascende a 15 milhões, 117 mil e 835 euros. Ou seja, representa mais 54 mil e 218 euros do que se verificava há um ano, quando o passivo total do clube era de 15 milhões, 64 mil e 617 euros.
A Direcção explica que o aumento do passivo deve-se à rubrica outras contas a pagar e Estado e Outros Entes Públicos.
Na última temporada, a Direcção investiu 1 milhão e 725 mil euros nos passes de sete jogadores: Leandro Freire, Mahamadou N'Diaye, Marcelo Toscano, Rafael Crivellaro, Barrientos, Gonçalo Silva e Cilmar. Destaca-se ainda, na rubrica dos rendimentos, o encaixe de 7 milhões e 230 mil euros na parcela dos Outros Rendimentos, que diz respeito à venda de passes de jogadores.
Os gastos com o pessoal representam agora 53 por cento dos gastos totais. As receitas mais significativas prendem-se com a publicidade e direitos desportivos (4 milhões, 807 mil e 601 euros), quotas (1 milhão, 512 mil, 961 euros), venda de cadeiras (520 mil e 837 euros) e venda de bilhetes (440 mil e 176 euros). Em todas estas quatro rubricas, o Vitória perdeu, em relação à temporada anterior, 405 mil e 811 euros.
No Relatório e Contas, pode-se ler que os resultados do exercício da última época desportiva, entre 1 de Julho de 2010 e 30 de Junho de 2011, o resultado líquido foi negativo em 1 milhão, 958 mil e 527 euros, após as amortizações, que foram no valor de 1 milhão, 642 mil e 298 euros.


DIRECÇÃO ASSUME QUE "TORNA-SE EXTREMAMENTE DIFÍCIL GERIR O VITÓRIA"

Na mensagem introdutória ao Relatório e Contas, Emílio Macedo da Silva destaca os feitos alcançados pela equipa de futebol profissional, bem como pelas formações das camadas jovens, sem esquecer as modalidades amadores, ante de se pronunciar sobre as contas. O dirigente sublinha que num cenário de crise “torna-se extremamente difícil gerir um clube da dimensão do Vitória.” Ainda assim, assegura que a sua Direcção não se demitirá “nunca da ambição de construir um Vitória cada vez mais competente e profissional.”


CONSELHO FISCAL FAZ RECOMENDAÇÕES E APELA À APROVAÇÃO DAS CONTAS

O Conselho Fiscal, no seu habitual parecer, sublinha que o passivo exigível aumentou 726 mil euros, situando-se agora nos 13 milhões e 641 mil euros. Um aumento que, de acordo com aquele órgão, deve-se ao “aumento das dívidas ao Estado e a outros credores.”
O Conselho Fiscal recorda que tem sugerido que o dinheiro relizado com vendas de jogadores seja aplicado na redução do passivo, o que não se verificou. O crescimento de custos “deve merecer reflexão sob pena da insustentabilidade futura da gestão do clube.” O Conselho Fiscal manifesta-se preocupado pelo “crescimento das dívidas ao Estado que vencem altos juros”, e com “a quebra de receitas resultantes das quotizações e patrocínios” e com “o não cumprimento dos orçamentos das modalidades amadoras.”
Posto isto, o Conselho Fiscal sugere à Direcção “uma revisão da política de gestão económica e financeira, com medidas concretas no apelo ao voluntariado dos adeptos no exercício de funções, reservando a sua profissionalização para as mais elevadas responsabilidades.” A finalizar, o Conselho Fiscal reconhece que as contas da Direcção “reflectem com verdade e rigor a situação do clube”, pelo que “nenhuma inversão resultaria da sua não aprovação e pelo contrário seriam graves os prejuízos que dela ocorreriam.”


Marcações: Desporto

Imprimir Email