Rabiola acusado de ter assinado contrato com o FC Porto e o Vitória

O antigo empresário de Rabiola vai apresentar queixa contra o ex-jogador do Vitória. O empresário de futebol Paulo Emanuel Mendes vai entregar, no fim das férias judiciais, queixa em Tribunal e nas instâncias desportivas contra o ex-jogador do Vitória, Rabiola, que actualmente joga no Desportivo dos Aves por empréstimo do FC Porto. Em causa, diz o agente, está a alegada assinatura de contrato com dois clubes. Uma fonte do Departamento Jurídico do empresário revelou hoje à agência Lusa que tem na sua posse provas de que o atleta assinou contrato com o FC Porto a 20 de Junho de 2007, tendo feito um outro contrato com o Vitória, em 26 de Julho. A mesma fonte salientou que o caso vai seguir para os tribunais e também para a FIFA, UEFA, Federação Portuguesa de Futebol e a Liga portuguesa. O jogador, que esta época foi emprestado ao Desportivo das Aves pelo FC do Porto, tinha contrato por três épocas com os 'azuis e brancos' - até 2010 - quando assinou por quatro temporadas, até 2011, com o Vitória. O facto é interpretado pelo empresário como tendo sido uma “manobra” para o Vitória tentar reaver o jogador, em 2010, no caso de o FC Porto não accionar a cláusula, que previa a renovação por mais dois anos. Rabiola fora vendido em 2007 pelo Vitória aos portistas, por uma verba próxima do milhão de euros. O caso, que pode ter incidências de âmbito desportivo quer para o jogador quer para o clube, prende-se com o diferendo que opõe o empresário ao atleta, por alegada quebra de contrato. A fonte frisou que o segundo contrato não foi registado na Liga, nem poderia sê-lo, dado que os regulamentos o impedem, mas tal não impede que o assunto venha a ser sancionado pelas entidades que regem o futebol. Paulo Emanuel Mendes tinha contrato por dois anos de representação de Rabiola, quando este assinou com o FC Porto, à sua revelia. Nesse sentido, interpôs um processo no Tribunal Cível, pedindo uma indemnização de 500 mil euros a Rabiola, resultante de percentagens contratuais que deveria ter obtido pela transferência e por ordenados. O Tribunal deu razão, em todas as instâncias, ao empresário - que está inscrito na FIFA -, faltando, agora, determinar o valor final que o jogador terá de pagar.

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