Manuel Pinto Brasil: «Vou até ao fim»

Manuel Pinto Brasil assegura que vai levar a sua candidatura à presidência do Vitória até ao fim. Na primeira grande entrevista ao jornal DESPORTIVO de Guimarães, o primeiro associado a apresentar-se ao sufrágio marcado para o dia 20 de Março revela que tem recebido o apoio de muitos sócios, pelo que a sua candidatura será para levar até ao fim.


Leia alguns excertos da entrevista:

Qual é a sua base de apoio; quem tem ao seu lado na lista?
Até ao fim da primeira semana de Fevereiro iremos apresentar a nossa lista completa. Não é fácil escolher boas pessoas para nos acompanharem nesta luta. Os vitorianos têm os seus afazeres, a sua vida profissional, e por vezes não é fácil convencê-los. Ainda assim, penso que até ao final da primeira semana de Fevereiro estaremos em condições de divulgar isso tudo. Em breve vamos ter a nossa sede de candidatura, onde os sócios do Vitória terão ao seu dispor toda a informação sobre os nossos propósitos.
Desde que foi tornada pública a sua intenção de se candidatar tem percebido que pode reunir o apoio de muitos sócios do Vitória?
Tenho sentido o apoio dos vitorianos, que me estão a empurrar para esta candidatura. Sou natural de Creixomil e senti que as pessoas naturais dessa freguesia estão solidárias com a minha candidatura, o que me deixa muito feliz. É uma candidatura que vai continuar a crescer. Esta onda vai ser cada vez maior. O nosso projecto é bastante ambicioso e as pessoas vão perceber isso. Queremos que o Vitória não seja apenas um clube de futebol.
A sua candidatura já atingiu um ponto em que não há retorno, vai mesmo até ao fim?
Exactamente, vamos mesmo até ao fim. Não há dúvida nenhuma.

Paulo Sérgio será o seu treinador?
Eu acho que este treinador está a fazer um bom trabalho, admiro-o por isso, mas a escolha do treinador passará sempre pelo director desportivo. É um campo em que não me queria meter.
Mas tem gostado do trabalho do Paulo Sérgio?
Sim, acho que tem feito um bom trabalho.
E pelo que tem feito merecia continuar em Guimarães?
Acho que sim, gosto do Paulo Sérgio como treinador. Mas, comigo, nunca serão ultrapassadas hierarquias. Quem fará as escolhas é o director desportivo.

É um sócio relativamente recente, com um número alto.
É verdade que sou sócio há pouco tempo.
Pode dizer qual é o seu número de sócio?
Sou o sócio nº 31.128, relativamente recente. Mas, há uma coisa que garanto. Sou sócio há pouco tempo, mas vitoriano há muito tempo. Sempre fui vitoriano, garanto-lhe que nunca fui sócio, adepto ou simpatizante de outro clube qualquer. Sou um verdadeiro vitoriano.
Há alguma razão especial para ser sócio há poucos anos?
Deve-se ao facto da minha vida profissional nunca o ter permitido. Penso que às vezes temos de dar oportunidades a outras situações da vida. Agora estou na altura certa para poder entrar neste projecto. As minhas empresas estão mais solidificadas, tenho condições para colocar outras pessoas a geri-las. Assim, sobra mais tempo para gerir o Vitória.
Esteve atento à gestão de Emílio Macedo da Silva? Como qualifica o seu mandato?
O Vitória precisa de ter um presidente com capacidade de gestão e não alguém que tenha capacidade de endividamento. O que se passa neste momento no Vitória é que as pessoas têm capacidade de endividamento, por qualquer coisa vão ao banco, assumem os avales e está resolvido o problema. O que é certo é que o Vitória paga juros muito elevados ao final do ano. Entendo que quem estiver à frente do clube só pode recorrer a endividamento em casos muito pontuais, como para aumentar ao património. Por outro lado, as receitas terão de resultar da gestão e não podem resultar do adiantamento de outras receitas. Esse é outro assunto que me deixa preocupado com a situação do Vitória. O clube já está a gastar dinheiro de receitas para outros anos e no futuro pode ter problemas por causa disso.
Não se revê na gestão da Direcção de Emílio Macedo da Silva?
Não me revejo nesses pontos, claramente não.

Marcações: Desporto

Imprimir Email