Emílio Macedo da Silva prepara lista com alterações

Emílio Macedo da Silva só anunciará oficialmente a sua recandidatura à presidência do Vitória quando Pedro Xavier, o presidente da Assembleia Geral, fixar a data do sufrágio. O actual presidente do Vitória entende que esse é o timing que faz sentido, uma vez que até lá é descabido falar em eleições. No entanto, isso não é pormenor impeditivo da planificação do futuro e, especialmente, da elaboração da sua lista. Pelo contrário. Nesta altura, Emílio Macedo já tem praticamente definido todo o elenco com que deseja trabalhar, caso em Março seja reeleito para um novo mandato de três anos à frente dos destinos do Vitória.

Na Direcção, deverão ser feitas duas alterações. A primeira delas há algum tempo prevista, com a saída de João Cardoso, o responsável pela área financeira. Para o lugar de João Cardoso, Emílio Macedo da Silva poderá recuperar Luciano Baltar. O ex-vice-presidente incompatibilizou-se com Manuel Almeida - também ele já afastado da Direcção - e acabou por pedir a demissão, mas a verdade é que Baltar manteve um bom relacionamento com o presidente do Vitória e, não raras vezes, após a sua saída, nas Assembleias Gerais elogiou o trabalho deste. Por outro lado, Macedo entenderá que Luciano Baltar tem uma competência intocável, no que toca às funções que pretende, de novo, acometer-lhe, pelo que o regresso afigura-se possível.

A outra alteração igualmente certa prende-se com a recente demissão de Manuel Soares, que obviamente terá de ser substituído. Nesta altura, e até porque não estaria preparado para tal, Emílio Macedo cogitará ainda sobre quem será a melhor solução para o cargo a partir de Março.
Por outro lado, os vice-presidentes Paulo Pereira e Alberto Oliveira deverão continuar, sem quaisquer reservas, a acompanhar o actual presidente na lista posta a sufrágio. São dois dirigentes em quem o líder vitoriano deposita total confiança. O primeiro é já visto por muitos como o ‘delfim’ de Macedo, um género de possível candidato a sucedê-lo num futuro próximo.

As mudanças na equipa directiva liderada por Emílio Macedo, caso este seja reeleito, não devem cingir-se apenas aos nomes atrás referidos. É possível que sejam feitas algumas alterações pontuais, nomeadamente ao nível do futebol de formação, apesar deste sector ser visto pelo dirigente como modelar. Aliás, um dos seus principais responsáveis, Manuel Fernandes, deverá estar disponível a manter-se no cargo, dado o relacionamento tão estreito que mantém com o presidente.

Certa é a alteração na liderança da Assembleia Geral. Pedro Xavier há muito que se incompatibilizou com Emílio Macedo e, de resto, o actual líder da Mesa vai mantendo a expectativa quanto a uma eventual candidatura sua à presidência. Nesse sentido, caso os sócios optem pela reeleição do homem que dirige o clube há quase três anos, é certo que o Vitória terá um novo presidente na Assembleia Geral. Nas possibilidades que possam ser colocadas nesta altura, não seria de todo descabida a integração de João Cardoso nesse lugar. Sem tempo para exercer o cargo de vice-presidente para a área financeira, o bancário poderia equacionar manter-se ligado ao clube numa posição menos exigente do ponto de vista da disponibilidade.
Certo é que, nesta altura, Emílio Macedo já terá praticamente concluído o seu trabalho de casa tendente a preparar o próximo acto eleitoral. Sabendo, de antemão, que não deve correr sozinho, a exemplo do que sucedeu há três anos, quando Manuel Rodrigues e André Pereira se lhe opuseram. Agora, o primeiro nome lançado para o combate eleitoral é o de Pinto Brasil.

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