Cajuda confessa "mágoa" por não alcançar 'Europa'

O treinador do Vitória reconheceu hoje alguma "mágoa" por não alcançar um lugar nas competições europeias de futebol, mas antecipou uma "grande equipa" vitoriana para a próxima época. Matematicamente, ainda é possível, mas com o apuramento do Paços de Ferreira para a final da Taça de Portugal, só uma conjugação de resultados bastante improvável pode levar o Vitória à Europa, de tal forma que nem Manuel Cajuda acredita já nessa qualificação. "Reconheço que é muito difícil, mas não sou seguramente o único treinador que não vai conseguir alcançar os seus objectivos. Tenho pena, mas sinto que ajudei na recuperação financeira do clube e valorizei os activos", disse, admitindo alguma "mágoa" por não ter "chegado lá". O técnico vitoriano disse estar já a "criar novos objectivos, muito fortes": "Espero e desejo que o Vitória tenha uma grande equipa na próxima época", afirmou. Cajuda falava na conferência de imprensa de antecipação da deslocação ao terreno do Leixões, esta segunda-feira, partida que antevê ser "muito difícil" para o Vitória, mas também para o Leixões. Primeiro, porque o Leixões "fez e continua a fazer um campeonato brilhante, fantástico, depois, porque há uma rivalidade entre os dois clubes". Manuel Cajuda entende que as equipas "podem proporcionar bom futebol" e que o Vitória deve "jogar para ganhar, como em todos os jogos". Até ao fim da temporada, para Manuel Cajuda, resta dignificar o clube, pois "a grandeza do Vitória é tanta que obriga a ter respeito pelo clube, pela camisola e pelo princípio ético do desporto, que é fazer o melhor em qualquer condição", disse. O treinador deixou ainda um aviso: "O Vitória pode fazer ainda muitas coisas, nem que seja uma 'lição' para os jogadores perceberem que o Vitória quer continuar a ser um clube grande e ter uma grande equipa no próximo ano e quem pense que não há objectivos digo que há que conquistar um lugar na formação do plantel no próximo ano". O treinador vitoriano criticou ainda implicitamente o seleccionador nacional, Carlos Queiroz, por colocar Sereno a jogar com a Roménia, num particular da Selecção B no início deste mês, quando o defesa, que foi operado aos dois joelhos em Outubro do ano passado, ainda não estaria nas melhores condições físicas. "O Sereno, quando voltou a fazer parte das convocatórias, ainda não estava na plenitude das suas capacidades. Eu não tenho culpa de ele ter jogado na selecção depois de ter vindo de uma paragem", afirmou.

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