Emílio Macedo: «Decisão é justa mas peca por tardia»
O presidente do Vitória considerou justa a decisão do Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que confirmou o clube como adversário do Benfica nas meias-finais da Taça da Liga. Para Emílio Macedo da Silva, "foi uma decisão acertada, porque o que tem prevalecido nos últimos anos é a diferença entre golos marcados e sofridos". "Foi uma justiça que se fez no futebol português, embora tardia, porque a decisão apenas foi tomada hoje e o jogo é amanhã [quarta-feira]", acrescentou o dirigente.O presidente do Vitória revelou que nunca admitiram não jogar, porque "a contestação do Vitória tinha os seus fundamentos e o trabalho que tem sido feito pelo plantel foi sempre para jogar". Para Emílio Macedo da Silva, o Vitória está nas meias-finais "por mérito próprio", mas a imagem do futebol português sai prejudicada. "É uma imagem negativa e negra para o futebol português", disse, mas adiantou que, se a decisão fosse em sentido contrário "seria uma nódoa ainda maior".
O dirigente não quis comentar a posição do Benfica, que anunciou ir jogar sob protesto. "Não sei se vai jogar, isso é um problema do Benfica, mas o Vitória vai jogar o jogo pelo jogo e não sob protesto", assegurou.
Emílio Macedo da Silva disse ainda que a Taça da Liga deve ser repensada, apesar de considerar que é uma prova que veio "ocupar uma lacuna" de pouca competição que uma Liga com 16 equipas implica. "É o segundo ano da prova e penso que deve ser repensado o calendário e o modelo. A Liga também pensa da mesma maneira", disse. O presidente vitoriano lembrou que "a Taça da Liga também se joga em Inglaterra e lá joga-se às terças, quintas e domingos". "Nós não vamos ter 72 horas de descanso [para o jogo da Liga] e não nos queixamos. Temos que nos habituar a trabalhar e os jogadores não se podem queixar", acrescentou.
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