José Arantes crítica Presidente da A. G. do Vitória
José Arantes, ex-candidato às eleições para a presidência do Vitória e um dos subscritores da carta enviada ao Presidente da Assembleia Geral do clube a 20 de Maio, solicitando-lhe justificações para o facto de, até essa data, não ter sido agendada a reunião magna em que deverão ser apresentadas rectificadas as contas do exercício de 2000, comentou a marcação da referida Assembleia para 6 de Setembro próximo. José Arantes começa por analisar posições anteriores que o Presidente da Mesa da Assembleia Geral e que, no seu entender, estiveram na base do sucessivo adiamento. Recorda que numa entrevista a um semanário vimaranense, publicada em 1 de Fevereiro de 2002, Raul Rocha “declarou que as contas de 2000 seriam submetidas a uma Assembleia Geral Ordinária a marcar em Março/Abril, onde também se apreciariam as contas do 1º semestre de 2001. Declarou também que não tinha o poder de convocar qualquer Assembleia sem esta ser solicitada pelos orgãos do clube ou pelos sócios e que as contas de 2000 só podiam ser apreciadas a pedido da Direcção.”Passados cinco meses, José Arantes constata que o Presidente da Assembleia Geral alterou a sua posição e explica a sua tese: “Marca uma Assembleia Extraordinária para apresentação, discussão e votação das contas da gerência de 2000 e inclui na mesma Assembleia, julgamos nós, as contas do primeiro semestre de 2001. Ou seja, passou a ter poderes de convocar a Assembleia para aprovação das contas, mesmo sem ser solicitado pela Direcção, e vai mais longe. Determina, após consultar ‘os serviços de gestão financeira do clube’, os prazos a que se devem submeter a Direcção e o Conselho Fiscal para a elaboração dos respectivos relatórios e pareceres.”
O candidato derrotado nas últimas eleições do Vitória regista esta alteração de atitudes do Presidente da Assembleia Geral como “positiva” mas questiona o seu timing. “Porquê só em 6 de Setembro? Objectivamente, o senhor Presidente da Assembleia Geral quer justificar-se perante os sócios e quer agradar ao actual poder, mas fá-lo de uma forma que passa de subtil a ónus desta grave situação na vida do clube, exclusivamente para a Direcção. Ele percebeu que a Direcção está de saída, já nada acrescenta ao clube, e por isso é importante dar uma imagem de alguma independência, porque só assim poderá influenciar a sucessão ao actual Presidente, como é seu objectivo.” José Arantes acrescenta outro dado: “O argumento de falta de avaliação do património do Vitória para a marcação da Assembleia Geral Extraordinária, é uma falsa questão, porque ficou esclarecido, com os subscritores da proposta aprovada a 27 de Julho de 2001, o senhor Revisor Oficial de Contas, o senhor Presidente da Assembleia Geral e o senhor Presidente do Conselho Fiscal, que essa avaliação se deveria refletir só no ano de 2001.”
A finalizar as suas críticas, Arantes diz que a marcação da Assembleia passados 14 meses para aprovação das contas de 2000, é um claro desrespeito pelos sócios, colocando o Vitória numa situação muito complicada, ao iniciar um novo ano sem aprovação das contas dos dois exercícios anteriores. Serão os sócios, em Assembleia Geral, que terão de julgar esta forma de gerir.”
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