Ernesto Fernandes pediu suprimentos que deixou no Moreirense

Há um novo foco de desentendimento em Moreira de Cónegos. Ernesto Fernandes enviou uma carta ao Presidente Vítor Magalhães, e à Direcção do Moreirense, com conhecimento da Mesa da Assembleia-geral e do Conselho Fiscal, a solicitar que lhe sejam devolvidos 144 mil, 364 euros e 29 cêntimos de suprimentos que terá investido aquando da sua presidência. Caso tal não aconteça até esta terça-feira, dia em que acaba o prazo que o ex-presidente concedeu ao clube, promete avançar com um processo em Tribunal.

Ernesto Fernandes, em declarações ao DESPORTIVO de Guimarães, esclareceu as motivações da sua atitude. "Nunca me passou pela cabeça pedir qualquer dinheiro ao Moreirense, mas a isso fui obrigado pelas atitudes do presidente, que me quis humilhar ao considerar que 144 mil euros são meros trocos. Foram palavras dele! Por isso, se consideram que são apenas trocos, terão de me pagar esse dinheiro. Levantar os suprimentos é um direito que me assiste enquanto associado. Ele está a subestimar o esforço que fiz quando fui, com todo o orgulho, presidente do Moreirense. Esta não é uma atitude contra o Moreirense."

O teor da carta levou Vítor Magalhães a convocar uma reunião de emergência com os associados do clube, que teve lugar no sábado passado. Na reunião, o presidente do Moreirense deu conhecimento do conteúdo da carta de Ernesto Fernandes e, ao que apurámos, recebeu dos associados ‘carta branca’ para agir conforme entender melhor face a este assunto delicado e que acontece pela primeira vez na história do clube - nunca nenhum ex-dirigente exigiu ser ressarcido por investimentos feitos.
Confrontado com a polémica questão, Vítor Magalhães afirmou, ao DESPORTIVO de Guimarães, que "se todos os presidentes, e não só, que passaram pelo clube e generosamente tanto lhe deram, tivessem o comportamento deste, já não tínhamos Moreirense há muitos anos.”

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