Cajuda destaca complexidade da profissão de treinador
O treinador do Vitória Manuel Cajuda, destacou a "complexidade da profissão", recordando que os primeiros treinos que ministrou na carreira agora apenas lhe dão vontade de rir. "Comecei no tempo do D. Afonso Henriques", começou por destacar o técnico, durante o painel "Ser Treinador", das IV Jornadas Técnico-Científicas de futebol da Escola Superior de Desporto de Rio Maior (ESDRM), reconhecendo: "dá-me vontade de rir alguns treinos que fiz".Cajuda, que sublinhou a impossibilidade de se afirmar como actualizado devido à "constante evolução", disse querer "desmistificar o que é ser treinador de futebol" e demonstrar como "teorizou e cientificou a prática".
"Gostava de ter lido, naquela altura, um livro do Jorge Castelo, mas não havia", frisou o técnico vimaranense, cuja comunicação foi precedida pelo painel "Treinador de Futebol: Que competências? Que perfil", precisamente pelo docente da Faculdade de Motricidade Humana de Lisboa.
Dirigindo-se aos alunos da ESDRM e futuros treinadores, o técnico explicou como compensou a ausência de estudos académicos com o conhecimento na prática, porque "não era uma verdadeira simpatia de jogador de futebol".
"Quem não tiver estaleca para conhecer um balneário cheio de víboras logo no primeiro ano `morre´ depressa", advertiu Cajuda, aconselhando os jovens a "integrarem inicialmente equipas técnicas" e realçou a necessidade dos técnicos principais saberem "gerir as competências dos ajudantes, porque sozinhos não fazem nada".
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