Resultados da auditoria revelam passivo superior a 8 milhões de Pimenta Machado

Os resultados da auditoria às contas encomendada pela actual Direcção à empresa independente BDO dizem que o passivo do Vitória mais do que duplicou entre Dezembro de 2002 e Junho de 2004, data da saída de Pimenta Machado da presidência. A empresa BDO ‘fiscalizou’ as contas do clube desde 2002 a Junho de 2007 e na auditoria apresentada confirma que o passivo do Vitória mais do que duplicou entre Dezembro de 2002 e Junho de 2004 - espaço de apenas ano e meio. Segundo os exercícios apresentados pela Direcção de Pimenta Machado, nessa fase o passivo exigível passou de cerca de 3 milhões para mais de 8 milhões. Depois de corrigir os dados, a BDO apura que os valores efectivamente em causa eram de 4 milhões em finais de 2002 e 8 milhões e 700 mil em meados de 2004, ano em que Pimenta deixou o clube.
De resto, a BDO ajustou sempre para cima os números do passivo apresentados pelas duas anteriores direcções. As diferenças foram divulgadas na última Assembleia-geral, mas a Direcção de Emílio Macedo da Silva entende que a auditoria deve ser submetida ao sigilo do clube, podendo os associados consultá-la pormenorizadamente mas sob promessa de confidencialidade.

Acrescente-se que os números corrigidos e agora apresentados pela BDO estão próximos da auditoria apresentada por Vítor Magalhães no seu mandato e encomendada à Deloitte. Já aí se apontava para um passivo na ordem dos oito milhões de euros quando se deu a passagem do testemunho de Pimenta para Magalhães.
Relativamente aos exercícios financeiros deste último, nota-se - pela leitura da auditoria da BDO - que um ano após a sua entrada o passivo cresceu para perto dos 10 milhões, valor que ultrapassaria em Junho de 2006, descendo de novo para os 9 milhões aquando da sua saída em Fevereiro de 2007.

Marcações: Desporto

Imprimir Email