Ex-funcionários do BIC depuseram no julgamento de Pimenta

Prosseguiu esta manhã o julgamento de Pimenta Machado, tendo sido ouvidas quatro testemunhas que à data dos factos constantes na acusação eram funcionários do Banco Internacional de Crédito, instituição bancária onde o ex-presidente do Vitória era titular das contas do clube. Uma das testemunhas confirmou que pagava cheques a funcionários do Vitória, nem que estes estivessem ao portador e sem qualquer identificação formal de quem recebia o dinheiro. Um procedimento que justificou com o facto de conhecer os ditos funcionários, que diariamente iam ao banco. Foi dado o exemplo do saque de um cheque no valor de 4.500 contos. A funcionária do BIC já não se lembra a quem entregou o dinheiro, que não pediu a identificação do sacador e que isso era prática usual relativamente ao Vitória. Na circunstância, o presidente do colectivo de juízes sugeriu que uma prática dessas merecia processo disciplinar à funcionária do banco no segundo seguinte.
Destaque também para o depoimento de Francisco Guise, o ex-gestor de conta do Vitória no BIC. Esta testemunha salientou que, pelo seu conhecimento, nunca entrou dinheiro pessoal de Pimenta Machado nas contas do Vitória e confirmou que alguns cheques – nomeadamente datados de 1997 – foram sacados só com a assinatura do ex-presidente do clube. Francisco Guise confirmou igualmente ter havido pagamentos feitos sem conferência da assinatura de quem recebia o dinheiro. Ou seja, confirmou a prática assumida pela primeira testemunha.
O julgamento prossegue no dia 17 de Agosto com a audição de testemunhas de defesa de Pimenta Machado e Vale e Azevedo e com o depoimento do gerente do BIC à altura dos factos que agora estão em julgamento.
No dia 20 de Setembro prestará novos esclarecimentos o ex-funcionário do Vitória Paulo Antero.

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