Vítor Magalhães reagiu às declarações de Pimenta

Vítor Magalhães reagiu às declarações proferidas por Pimenta Machado ao jornal ‘Correio da Manh㒠na sua edição do último domingo. O ex-presidente do Vitória voltou, entre outras coisas, a contestar os números do passivo de que fala a actual Direcção. Vítor Magalhães reagiu. Pimenta Machado voltou a dizer que a 3 de Junho de 2004 – aquando da sua saída -, as dívidas do Vitória ascendiam, no máximo, a 2.774 699,57 euros, mas que tinha deixado activos em jogadores suficientes para pagar essa dívida, dando como exemplo Nuno Assis e Abel.
Vítor Magalhães reage e diz que “o passivo apurado pela Delloitte na auditoria efectuada à última gerência da responsabilidade de Pimenta Machado foi de 12.212.477 euros, valor que entretanto, e por outros débitos mais tarde notificados ao Vitória pelo Fisco por multas e impostos, subiu significativamente. Ou seja, o actual presidente entende que o seu antecessor mentiu, alterando a verdade dos números em 9.434.778 euros.
Pimenta voltou também a falar no ‘caso Meira’: “Como não consegui obter um empréstimo em Portugal, fui junto de um banco suíço, que me concedeu um empréstimo de 510 mil dólares a seis meses. Com esse dinheiro comprei, no Brasil, três jogadores: Evando, Preto e Ruben. Quando o Vitória vendeu o Meira ao Benfica, parte do dinheiro recebido foi canalizado para pagar o empréstimo”, referiu ao Correio da Manhã.
As verbas foram depositadas numa offshore, a Sport Média, registada numa ilha do Pacífico, segundo Pimenta Machado “devido à confidencialidade exigida pelo banco.” Em relação a este assunto, Vítor Magalhães lamenta que o anterior Presidente “venha agora inventar desculpas para justificar os artifícios de que se servia para enganar os sócios, os funcionários e os colaboradores, porque negou, em diversas ocasiões que nada tinha que ver com a Victory Management/Sportmédia.”
Outra discordância. Pimenta assegura que Evando, Preto e Ruben eram propriedade do Vitória. Magalhães tem outra opinião: “Nunca foram contabilizados como activos do Vitória”, e quanto a Abel - que Pimenta diz ter sido perdido a custo zero – o actual líder refere que, “mais uma vez, o anterior presidente está profundamente equivocado, porque o atleta em causa deixou o Vitória para ingressar no Sp. Braga ainda na sua gestão.”
No que toca à ideia lançada por Pimenta Machado de que era credor do clube, Vítor Magalhães contesta deste modo: “De acordo com o apurado pela Polícia Judiciária e com os dados conferidos na contabilidade, os movimentos pouco significativos foram efectuados exclusivamente com base naquilo que Pimenta Machado dizia que tinha acontecido e/ou com base num papel informal que fazia chegar aos Serviços.”
No final da sua reacção, o actual presidente do Vitória, entendendo que “para melhor se aquilatar da relação que o ex-presidente mantém com a verdade, invoca a parte da acusação que se refere às habilitações literárias de Pimenta Machado:
“Vem agora a saber-se que, afinal, o Curso era de Gestão e foi tirado na Suiça! Só faltará dizer que o mesmo foi tirado por correspondência.”

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