Vítor Magalhães queria justificar o relatório e contas

O Presidente do Vitória estava preparado para justificar o relatório e contas que a maioria acabou por rejeitar, ancorando-se em números por si herdados. Numa primeira instância, Vítor Magalhães ia recordar que quando assumiu a liderança, o balanço que fechou as contas de 2003/2004 apresentou um prejuízo de 2.639.472 euros, mas posteriormente foram apuradas dívidas de IVA e IRC e à SIC - num total de 520.386 euros - que não tinham sido contabilizadas, pelo que o prejuízo real se situava em 3.159.858 euros.
Dois anos depois, o balanço do exercício de 2005/2006 foi encerrado com um saldo negativo de 553.570 euros, o que significa um abaixamento na ordem dos 2.606.288 euros.
Reportando-se aos exer¬cícios relativos à sua ges¬tão, o Presidente vitoriano ia dizer aos associados que em 2003/2004 o Vitória arre¬cadou 8.454.197 euros em receitas e que na temporada passada esse valor subiu para 9.349.415 euros (um aumento de 895.218 euros).
Quanto às despesas, na primeira temporada somaram um total de 11.080.043 euros e na época passada 9.902.986 euros, ou seja houve uma redução de 1.177.046 euros.
Nos dois anos de mandato, segundo Vítor Magalhães, foram investidos em obras e passes de jogadores 1.608.680 euros; e que a diferença entre amortizações e prejuízos foi positiva em 923.664 euros.
Seria ainda acrescentado que o valor da transferência de Saganowski para o Troyes, de França, não foi incluído neste exercício.
Relativamente ao pas¬sivo, Magalhães garantiria aos associados que está sob controle - contrariamente ao que acontecia no passado -; e afiançaria ainda não haver salários em atraso nem débitos a fornecedores fora dos prazos normais, o que só foi possível graças a empréstimos e financiamentos bancários avalizados pelos responsáveis do clube, porque só assim foi possível liquidar dívidas do passado, muitas das quais se encontravam já em execução nos tribunais. Como exemplo, neste caso relativo a dívidas a jogadores e pessoal, de 2003/2004 Vítor Magalhães herdaria 1.091.539 euros.
De resto, o líder vitoriano dispunha-se a apresentar diferenças que considera substanciais entre o último ano de gestão do seu antecessor e os dois primeiros anos do seu mandato. Quando Pimenta Machado saiu, não havia dinheiro nos bancos sequer para pagar telefones; no final de 2004/2005 o dinheiro disponível atingia a quantia de 426 mil euros e na época passada subiu para 466 mil euros. Em 2004/2005, o dinheiro a receber aumentou 700 mil euros e subiu no último exercício mais 380 mil euros. Números que Vítor Magalhães pretendia explanar e que tiveram uma certificação oficial por parte do Revisor de Contas.

Marcações: Desporto

Imprimir Email