Pelé mostra ambição em grande entrevista

Em entrevista ao sitio oficial do Vitória, Pelé deu a conhecer as suas origens e abordou o seu futuro no Vitória. O jovem médio, em quem os responsáveis do clube depositam grande confiança, responde com grande clareza a todas as perguntas. Também és daqueles futebolistas que dizem que nasceram com a bola nos pés?
Acho que isso não é uma frase feita, é mesmo verdade. Desde miúdo que tive contacto com a bola e senti que gostava mesmo daquilo. Com o tempo veio o prazer de jogar futebol, de gostar de estar em campo com gente a assistir.
Porque razão te chamam Pelé? Daí até Vítor Hugo vai uma grande distancia…
Isso vem desde os tempos em que eu comecei a jogar futebol, quando tinha seis anos. Como jogava a avançado e o Pelé também as pessoas colocaram-me a alcunha. Não tanto pelo aspecto físico, mais pelo toque de bola e pela rapidez. Por acaso, marcava muitos golos e o meu treinador no Boavista começou a chamar-me Pelé. E ficou até hoje…
Já passaste por situações difíceis na tua ainda curta carreira de jogador. Como relembras os tempos do Salgueiros?
Na vida de jogador temos de saber que existem fases boas e más. No Salgueiros, vivi as duas experiências. Comecei por não me afirmar nas camadas jovens. Aquilo que um jogador faz no campo é o reflexo do seu estado de espírito. Como não estava de bem com a vida, o futebol não me correu bem. No ano seguinte, resolvi os meus problemas e comecei a mostrar o meu valor. Os responsáveis gostaram, começaram a apostar em mim e depois foi sempre a subir.
E o que se passou no Benfica? Porque motivo vieste embora ao fim de seis meses?
Única e simplesmente, porque não consegui adaptar-me da melhor forma. O Benfica é um clube muito grande mas apesar disso eu preferi voltar para perto dos meus pais. Queria muito continuar a jogar no Norte. Foi apenas por isso que deixei Lisboa.
Em todos os jogos do Vitória terás oportunidade de ver um estandarte que diz “adeptos como nós não há”. Que comentário te merece isto?
Não há nada mais verdadeiro do que essa frase. Adeptos como os do Vitória nunca vi em lado nenhum. Guimarães é cidade de um só emblema, todos são vitorianos e todos se envolvem em torno do Clube. É fantástico jogar aqui pois os adeptos criam um ambiente que tornam o Vitória num clube enorme.
Estás em condições de prometer alguma coisa à massa associativa do VSC para esta temporada?
O que eu prometo é muito trabalho. Tenho noção que estou num clube grande e com uns adeptos fantásticos e, por isso, prometo que sempre que estiver em campo vou dar o litro para colocar o Vitória de novo na I Liga.
Ainda é difícil para vós, jogadores, lidar com o facto do Vitória estar a disputar o campeonato da II Liga?
É diferente. O Vitória sempre foi um clube de primeira, não pelo que significa mas também pelo que representa o peso da sua massa associativa. Só precisamos de interiorizar que o Vitória é grande, seja na primeira ou na segunda divisão, e por isso vamos subir com toda a certeza.
Não imaginas outra coisa que não o Vitória na I Liga na próxima época certo?
Ninguém pode pensar doutra forma. Jogar aqui implica muita responsabilidade e lutar constantemente pelo melhor. Estamos na II Liga e se o melhor que podemos fazer é subir de divisão, então é isso que podem esperar de nós. Ninguém fugirá à responsabilidade.
Pretendes ficar muitos anos no Vitória ou queres dar o salto rápido para outros patamares?
Essa pergunta é difícil… Sinto-me muito bem em Guimarães e no Vitória mas qualquer jogador tem sonhos. Como tal, eu não fujo à regra e gostava de concretizar os meus sonhos. Contudo, não penso muito nisso por agora. Tenho 18 anos e primeiro pretendo afirmar-me totalmente no Vitória. Só depois poderei pensar em voos mais altos.

Entrevista na íntegra em www.vitoriasc.pt

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