Monumentos recuperam afluência: aumento de 43 por cento de visitantes no Museu de Alberto Sampaio
No primeiro semestre deste ano, o Paço dos Duques de Bragança, o Castelo e o Museu de Alberto Sampaio registaram um aumento do número de visitantes relativamente ao mesmo período de 2022, aproximando-se dos valores do período pré-pandemia.
O maior acréscimo foi sentido no Museu de Alberto Sampaio que superou em 43 por cento, o número de visitantes obtido nos primeiros seis meses de 2019. Ao todo, este equipamento cultural registou 43 mil 157 entradas, um "excelente indicador" que revela a retoma e consolidação da procura, observou a Directora daqueles espaços, ao precisar que o Paço dos Duques de Bragança registou um total de 174 mil 447 visitantes e o Castelo 159 mil 825.
Segundo Isabel Fernandes, o aumento da procura "é mais evidente no caso do Museu de Alberto Sampaio que subiu 43 por cento relativamente a 2019", apelidado de "grande ano por ter sido aquele que permitiu atingir recordes de afluência". "O Paço dos Duques ainda não conseguiu recuperar os números de 2019, mas julgo que essa retoma vai acontecer com o movimento das escolas que antes da pandemia era muito intenso e que está agora a ganhar novamente esse fôlego", considerou, apontando que os meses de Verão são sempre aqueles que registam maior afluência nos três monumentos.
No ano de 2019, foi batido o recorde de afluência ao Paço dos Duques de Bragança, ultrapassando o ano de 2012, ano da Capital Europeia da Cultura. "Desde que temos registos consistentes, o ano com maior número de visitantes no Palácio foi o de 2019. Ficamos neste primeiro semestre a 12 por cento desse das entradas registadas nesse ano, o que é um óptimo indicador da confiança e da atratividade deste monumento que é também um dos mais visitados do nosso País", considerou Isabel Fernandes.
A responsável adiantou que até ao final do ano o Paço dos Duques de Bragança deverá sofrer obras de beneficiação "com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência", o que permitirá oferecer melhores condições aos visitantes. "Acreditamos que 2024 poderá ressentir-se das obras, porque uma parte do Palácio ficará aberta e outra fechada devido à intervenção, mas será um bom sinal para 2025 e para os anos que se seguem", perspectivou, ao sublinhar que a primeira fase da obra de reabilitação da igreja de São Miguel já está concluída. "Irá ter uma nova fase, com obras no interior. O espaço encontra-se aberto e deverá fechar quando iniciarem-se as obras no interior", frisou.
Recorde-se que, ao abrigo do PRR, a requalificação do Paço dos Duques de Bragança foi contemplada com um financiamento de 1,408 milhões de euros.