Livro do vimaranense Pedro Chagas Freitas recomendado para este Verão
O livro do escritor vimaranense Pedro Chagas Freitas «A Raridade das Coisas Banais» foi recomendado por Portugal, no âmbito da União Europeia, para leitura neste Verão.
A escolha do livro que já foi comparado ao livro «O Principezinho», deixou o escritor surpreendido. "Foi uma excelente notícia", afirmou em entrevista ao Grupo Santiago.
Pedro Chagas Freitas nasceu em Azurém. Tem 42 anos e é licenciado em Linguística pela Universidade Nova de Lisboa.
"Não costumo levar este caminho como uma carreira, assim uma coisa muito séria mas naturalmente que é um reconhecimento importante. No entanto, o maior reconhecimento que tenho é dos leitores, reconhecendo que o aconteceu acaba por fazer com que o livro tenha mais leitores e isso é que é mais importante porque é para eles que escrevo", afirmou.
A recomendação do livro «A Raridade das Coisas Banais» divide opiniões, entre rasgados elogios e críticas contundentes. Nada que incomode Pedro Chagas Freitas que fala de uma situação normal.
"Quando falamos de questões que não são objectivas há sempre quem goste muito e quem não goste nada e isso faz parte do percurso e isso acontece quanto maior é a visibilidade. Da mesma forma que não fico eufórico com algo positivo também não fico nada triste com algo negativo porque sei que faz parte desse caminho. Aliás, sempre que vejo algo que de alguma forma possa ser ofensivo ou negativo tento evitar e, por isso, foi algo que me passou completamente ao lado", salientou.
«Mata-me» foi o primeiro livro publicado por Pedro Chagas Freitas em 2005. Seguiu-se, em 2006 a publicação de «O Evangelho da Alucinação». No mesmo ano venceu o Prémio Bolsa Jovens Criadores atribuído pelo Centro Nacional de Cultura e pelo Instituto Português da Juventude. Pedro Chagas Freitas considera que «A Raridade das Coisas Banais» é o seu melhor romance pelo que, neste momento, admite ter sido o último.
"Já tinha dito na apresentação do livro que este era, de longe, o meu melhor livro e, se calhar, já não escreveria mais nenhum romance porque acho que não consigo melhor. Portanto, com a recomendação que aconteceu a responsabilidade acaba por ser a mesma porque já tinha colocado este livro «lá em cima» pelo que só o segurou mais um bocadinho. Neste momento, a minha ideia é não escrever mais nenhum romance porque não sinto que seja capaz de fazer melhor. Se me pergunta agora de facto será o meu último romance mas não faço ideia do que acontecerá e o que vou sentir daqui a um ano, dois ou três. Neste momento, se tivesse de escolher, a resposta seria não", concluiu.
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