Obreiros intensificam trabalho para criarem atractivos da Marcha e da Batalha das Flores
É "alma das festas Gualterianas" e está a ser concebida há vários meses para que, na noite do próximo dia 5 de Agosto, seja sujeita à apreciação e deslumbramento da multidão que enche passeios e bermas das ruas de Guimarães.
Todos os anos, toneladas de madeira e papel, quilos e quilos de esferovite e palhão, muitos litros de tinta, metros e metros de fios eléctricos... E o talento e a criatividade dos obreiros dão corpo e ser à Marcha.
Quando falta cerca de um mês para o desfile, nas instalações da Associação Artística da Marcha Gualteriana, avolumam-se os afazeres e persiste a vontade de fazer diferente, "mais e melhor", com os recursos disponíveis.
O Presidente da Direcção da Instituição revela que os temas dos carros alegóricos já estão definidos, os projectos elaborados e a execução em curso. "Por enquanto, os trabalhos andam devagar, mas vão começar a acelerar", confia José Pontes, enquanto verifica o alinhamento dos 10 carros que vão abrilhantar com fantasia o espectáculo que inunda de alegria quem o vê passar. "Vamos tentar prolongar o desfile, para a Marcha continuar a expandir-se e integrar mais pessoas", anuncia, perspectivando que sejam necessárias 300 pessoas para dar vida ao desfile.
O carro da Cidade será dedicado à igreja e convento de Santa Marinha da Costa, seguindo-se depois as viaturas engalanadas com homenagens aos "50 anos do escutismo em S. Dâmaso, às crianças, a Istambul, aos 30 anos d'A Oficina, à mitologia nórdica, a Wall Street, ao Alentejo, 125 anos da Sociedade Musical de Pevidém e as Bolonas". "Temos ainda os números vivos, alguns já estão feitos, e muitas outras surpresas", acrescentou o dirigente, lembrando que, este ano, realiza-se a Batalha das Flores no sábado que antecede a Marcha Gualteriana, obrigando "a mais afazeres e preocupações".
Em termos organizativos, José Pontes indica que o envolvimento das colectividades concelhias vai continuar, lançando o repto a quem quiser colaborar para "aparecer". "Aqui não falta trabalho, quem não souber fazer, aprende... Estamos aqui para ensinar quem quer colaborar", desafia, ao reconhecer que à medida que se aproxima o mês de Agosto aumenta o número de obreiros envolvidos nos trabalhos da Marcha. "O trabalho é sempre intenso. Estamos aqui sempre, de manhã, à tarde e noite, todos os dias", aponta, aproveitando para indicar que a saída da Marcha voltará a ocorrer às 22h00, contando com um orçamento de 85 mil euros para a execução.
Este ano, a Batalha das Flores também sairá às ruas de Guimarães, no sábado, dia 3 de Agosto. "São três carros que vamos fazer e só gostava de ver as janelas e varandas da Rua de Santo António repletas de pessoas a colaborar na manifestação cultural. É um apelo que faço", manifestou José Pontes.
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