Teatro invade Guimarães com Festivais de Gil Vicente
Têm início esta quinta-feira a edição deste ano dos Festivais Gil Vicente. O programa deste evento teatral, começa com a representação de «Ricardo III», de Shakespeare, às 21h30, no grande auditório do Centro Cultural Vila Flor.Trata-se de uma peça que venceu o Globo de Ouro na categoria de Melhor Peça/Espectáculo e distinguida nos prémios da Sociedade Portuguesa de Autores deste ano. Este é o primeiro de uma série de espectáculos que decorrerão até ao próximo dia 11, com representações "textos clássicos e outros actuais vão ser encenados através da visão de diferentes companhias nacionais e internacionais".
"Assente numa componente estética e dramatúrgica que desbrava novos caminhos e interpretações, os Festivais Gil Vicente retornam à cidade vimaranense dando provas da força e vitalidade do teatro", salienta a organização.
Os Festivais Gil Vicente prosseguem sexta-feira, à mesma hora, na Black Box da Plataforma das Artes e da Criatividade, com o «Ciclo Novas Bacantes», de João Garcia Miguel, uma peça que é um desafio às convenções.
No sábado, às 21h30, o espectáculo volta a ser no grande auditório do Centro Cultural Vila Flor com «O Misantropo», de Molière, encenado por Nuno Cardoso. Texto satírico de enorme subtileza e inegável apuro formal, «O Misantropo» é uma análise impiedosa da sociedade e das suas regras que se mantém surpreendentemente actual.
Na segunda semana, no dia 9, às 21h30, no grande auditório do CCVF, Nuno M. Cardoso apresenta o díptico de peças do britânico Simon Stephens, «Águas Profundas + Terminal de Aeroporto». As peças tratam de amor e perda de diferentes formas, bem como a experiência da vida moderna numa cidade onde se chega, se espera ou se parte. É sobre relações e sobre decisões, a desolação sem a esperança e a fuga.
No dia seguinte, dia 10, na Black Box da Plataforma das Artes, a Amarelo Silvestre apresenta duas sessões do «Museu da Existência», com sessões às 18h30 e às 21h30. O espetáculo parte da ideia “de que o futuro dos museus está na casa das pessoas”.
A edição deste ano dos Festivais termina no dia 11 de Junho, às 21h30, no grande auditório do CCVF que acolhe o regresso dos belgas da tg STAN. A companhia traz a Guimarães «The Cherry Orchard», a última peça escrita por Tchekhov. Trata-se de um clássico incontornável em versão internacional por um conjunto de actores que tem afirmado a sua importância na história do teatro contemporâneo.
Paralelamente aos espectáculos, há actividades com componente formativa. Assim, de hoje e até ao dia 8, decorrerá, no CCVF, um Workshop de Dramaturgia com a Lark Foundation. No dia 3, após a peça «Ciclo Novas Bacantes», está agendada uma conversa com João Garcia Miguel, onde o encenador explicará o processo de criação do espectáculo. O mesmo acontecerá no dia 10, após a sessão da noite do «Museu da Existência». Entretanto, no dia 8, às 22h00, no Círculo de Arte e Recreio, realiza-se um debate sobre «Numa relação com Shakespeare», a propósito dos 400 anos sobre a morte do dramaturgo. O Círculo de Arte e Recreio será, também, o meeting point do festival, um ponto de encontro onde artistas e público se poderão juntar num espaço de partilha, debate, convívio e festa.
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