Sociedade Martins Sarmento apresentou novo número da Revista de Guimarães

A Sociedade Martins Sarmento lançou mais um número da "Revista de Guimarães". Volvidos 132 anos da edição inaugural, a Direção da Sociedade Martins Sarmento prossegue a tarefa de publicar esta Revista, continuando a destacar as investigações sobre Guimarães, ou realizadas por vimaranenses, mas abrindo-se sempre a outras pesquisas, com especial ênfase nas áreas da história e da arqueologia.

O número da Revista de Guimarães – 2010/2011 abre com um artigo de Mafalda Neves que, na sequência do estágio académico que realizou na Sociedade Martins Sarmento, empreendeu a tarefa de representar graficamente a fauna e flora características desta região no período proto-histórico, bem como as construções mais significativas da Citânia de Briteiros. 

Num outro artigo, Maria Norberta Amorim, Carlos Guardado da Silva e Paula Correia da Silva, comparando os resultados da sua investigação sobre Torres Vedras com anteriores trabalhos realizados sobre Guimarães, apresentam-nos uma análise dos principais indicadores demográficos destas duas comunidades na longa duração (séculos XVII-XX). O grau de elaboração dos dados possibilitado pelo encadeamento genealógico de sucessivas gerações, permite-lhes avançar com dois novos indicadores: o nível de enraizamento e o nível de fixação.

Num trabalho com uma perspetiva original, o arqueólogo Francisco Faure reflecte sobre a importância da comunicação entre os arqueólogos e as comunidades onde estes realizam as suas intervenções, de modo a que a generalidade da população reconheça o valor do trabalho desenvolvido, particularmente em ambiente urbano. Relata-nos duas experiências de relacionamento com a população em que se procura que a comunidade se aperceba da importância da arqueologia para a preservação dos vestígios do passado.

Dando continuidade à tradição desta Revista, publicam-se duas cartas de Miguel Pereira Pinto Teixeira, escritas no final do século XVIII, que fazem parte do espólio da Sociedade Martins Sarmento. O autor destas cartas, tendo vivido num período fundamental da história da Europa — que Hobsbawm celebrizou com a designação de Era das Revoluções —, apresenta-nos as suas reflexões sobre a situação diplomática mundial, o equilíbrio entre as forças dos franceses revoltosos e da coligação monárquica e, muito particularmente, a estratégia política que o Reino de Portugal deve adotar.

Gonçalo Cruz e José Luís Antunes apresentam-nos os trabalhos arqueológicos realizados na citânia de Briteiros, entre os anos de 2007 e 2010, fruto da colaboração entre a Sociedade Martins Sarmento e a Universidade do Minho. No artigo dão conta das últimas descobertas realizadas neste importante monumento arqueológico.

Neste número, retoma-se uma prática habitual, dando conta na Revista de Guimarães da lista dos premiados no dia 9 de Março, aniversário do nascimento de Francisco Martins Sarmento, dos anos de 2010 e 2011. Apresentamos ainda uma lista das publicações catalogadas na Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento no ano de 2011.

Marcações: Cultura

Imprimir Email