Associação Portuguesa de Críticos de Teatro Prémio para «Rei Lear»
A Associação Portuguesa de Críticos de Teatro atribuiu uma Menção Honrosa à peça «Rei Lear», uma produção do Teatro Oficina. A peça aborda uma das obras-primas de William Shakespeare, dramaturgo inglês do séc. XVI, tendo sido a primeira produção da companhia vimaranense estreada em 2013.
A escolha de «Rei Lear», pelo Teatro Oficina, é justificada pela reflexão sobre o papel do teatro nos nossos dias feita a partir de um texto clássico que assumia um lugar central em todo o espectáculo, apesar da atualidade com que se apresentavam espaço cénico, figurinos e modos de elocução.
Os jurados salientam a encenação de Marcos Barbosa, que utilizava de forma inteligente o dispositivo cénico de Ricardo Preto para interpelar o lugar dos espectadores e dos actores, expondo-se estes de forma simples e próxima, e provando, assim, a maturidade da companhia.
«Rei Lear» conta a história da vida e morte do rei e das suas três filhas. Escrita em torno de 1605, a peça foi encenada pela primeira vez perante a corte inglesa no dia 26 de Dezembro de 1606. Foi impressa em 1608 e novamente, numa versão revisada, em 1623. «Rei Lear» seria ainda adaptada repetidas vezes para o teatro e cinema.
O Vereador da Cultura, Juventude e Turismo da Câmara Municipal de Guimarães, José Bastos, destacou a importância do prémio atribuído pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro.
Esta Menção Honrosa reconhece o trabalho do Teatro Oficina, consolida o estatuto e premeia a capacidade de criação de Guimarães nas artes performativas, disse.
A peça «Rei Lear» esteve em exibição na Black Box da Fábrica ASA, em Maio. Encenada por Marcos Barbosa e com versão traduzida para o Teatro Oficina por Fernando Villas-Boas, a palavra fundamental partilhada com o público foi responsabilidade. Em Janeiro deste ano, a peça foi apresentada no Teatro Municipal de Almada com três sessões esgotadas.
Em breve, será divulgado o local, dia e hora em que se realizará a cerimónia da entrega dos prémios.
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