Ermínia Pereira celebra hoje 100 voltas o sol

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Há pessoas que não envelhecem. Transformam-se em capítulos vivos da história de uma família, de uma terra, de um tempo. Ermínia de Jesus Pereira completa hoje 100 anos e é, para todos os que a conhecem, sinónimo de ternura, força e sabedoria. Com um sorriso de fazer inveja e um físico de uma jovem, só se nota a idade pelo início de Alzheimer que já começa a chatear as suas lembranças. Ainda assim quando, hoje, viu o filho, pediu-lhe logo um beijinho. A mobilidade também é diminuta devido às quedas que sofreu quando ainda vivia sozinha. 

Cem primaveras depois, o tempo continua a florescer no olhar sereno desta centenária. Um século de vida, feito de histórias simples, conquistas discretas e memórias que cabem em várias gerações. Quatro filhos, oito netos e seis bisnetos depois, continua cá para assistir ao que aí vem. Passou pela II Guerra Mundial, viveu na ditadura e assistiu à guerra colonial. Aplaudiu a Revolução dos Cravos. Começou com televisão a perto e branco e agora tem um smartphone que faz coisas impensáveis. Sobreviveu à pandemia Covid-19 e a Venerável Ordem Terceira de S. Domingos onde está instalada desde 2013 chamou todos os utentes, a família e os cuidadores diários para se juntarem e cantarem os parabéns. 

Apresentou-se muito bem vestida e cuidada para nos receber, mas segundo os filhos sempre gostou de se aperaltar. Brincos, cabelo arranjado e baton que lhe davam ainda mais destaque ao sorriso encantador.    

  

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